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Chapéu
Cobramos a realocação dos bancários

Bancários protestam na zona leste em defesa dos empregos no Bradesco

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Imagem mostra dirigentes sindicais reunidos diante de agência do Bradesco em Guaianases durante protesto em defesa dos empregos no banco

Bancários voltaram a protestar em defesa dos empregos no Bradesco, desta vez em uma agência em Guaianases. A unidade bancária é uma das poucas remanescentes após muitas terem sido fechadas na região.

Agora todos os clientes daquele bairro com mais de 100 mil habitantes no extremo leste de São Paulo são atendidos no local, que frequentemente fica superlotado.

A atividade lúdica e circense realizada nesta sexta-feira 12 é mais uma etapa da campanha do Sindicato dos Bancários de São Paulo para denunciar a reestruturação em curso no Bradesco que está resultando em mais fechamento de agências, em cortes de emprego, em sobrecarga de trabalho e em superlotação nas unidades bancárias remanescentes.

Também foi distribuída aos bancários e clientes a Folha Bancária Edição Especial Bradesco, que aborda a defesa dos empregos e direitos dos bancários em meio à reestruturação.

“O Sindicato cobra do Bradesco responsabilidade com empregados e clientes, que são os principais responsáveis pelo lucro do banco e não podem ser penalizados por uma reestruturação visando o aumento da lucratividade por meio do fechamento de agências e de postos de trabalho. Sobretudo diante da evidente sobrecarga de trabalho e da superlotação de agências”, afirma Márcio Rodrigues, dirigente sindical e bancário do Bradesco.

O dirigente sindical Marcio Rodrigues

Bradesco fecha quase 1,8 mil agências em quatro anos

Entre o último trimestre de 2019 e o último trimestre de 2023, o Bradesco fechou 1.783 agências e 703 postos de atendimento bancário.

O fechamento de unidades bancárias veio acompanhado da redução de postos de trabalho. No quarto trimestre de 2016, logo após a aquisição do HSBC, o Bradesco possuía 108.793 empregados, já contando com os empregados do banco britânico. Pouco antes da compra, no segundo trimestre de 2016, esse número era de 89.424 empregados. Houve, portanto, um acréscimo de 19.369 empregados.

Já no último trimestre de 2023, o banco possuía 86.222 empregados, totalizando uma redução de 22.571 postos de trabalho em 7 anos.

No quarto trimestre de 2016, o Bradesco tinha 92.455.480 clientes e uma relação de 849,83 clientes para cada bancário.

Passados sete anos, no quarto trimestre de 2023, a instituição financeira possuía 105.844.674 clientes, e uma relação de 1.227,58 clientes para cada um bancário. Um aumento de 44,5% no período.

Os dados são das Demonstrações Financeiras do Bradesco e do Banco Central, e foram compilados pelo Dieese.

“A redução dos postos de trabalho, o aumento do número de clientes e o fechamento de agências estão resultando na sobrecarga laboral, que aumenta os adoecimentos e piora o atendimento. Mesmo diante da necessidade da reestruturação e de reduzir o custo operacional, cobramos do Bradesco o compromisso de manter e realocar para outras áreas do banco os empregados das agências que estão sendo fechadas, por meio do recrutamento interno do banco, que deve se mostrar eficaz neste processo”, afirma Márcio.

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