O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi celebrado na terça-feira, dia 2 de abril. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região não ficou de fora dos debates envolvendo a data e promoveu o evento “Vamos conversar sobre o autismo e os neurodivergentes”. A atividade aconteceu na noite de quinta-feira, dia 4, na sede do sindicato, localizada no Centro de São Paulo.
Conduzido por Maria Cleide Queiroz, dirigente do SP Bancários e coordenadora do Coletivo Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras com Deficiência da CUT, o evento recebeu a advogada Isaura Sarto, especialista em direitos das pessoas com deficiência e editora do perfil @roteirobabyespecial, no Instagram. Acompanhando o debate, estiveram presentes mães e pais atípicos, profissionais da categoria, sindicalistas e apoiadores da causa neurodivergente.
Isaura Sarto afirma que já houve muito avanço na conscientização sobre o autismo nos últimos anos. Por outro lado, ela frisa que o autismo não acaba quando a pessoa entra na vida adulta. Dessa forma, as políticas públicas não podem se limitar à educação infantil.
"Precisamos de ações que efetivem o respeito à neurodiversidade no mercado de trabalho, o diagnóstico, tratamento e acesso à saúde adequados, às moradias assistidas para quando os cuidadores dos autistas de maior nível de suporte não estiverem mais aqui, entre outras demandas", enfatiza Isaura.
A advogada também reforçou que ainda é preciso lutar para que os direitos previstos na Lei Brasileira de Inclusão e na Lei Berenice Piana sejam efetivamente cumpridos pelo poder público, pelas empresas e pela sociedade em geral. Os participantes da atividade evidenciaram ainda mais essa necessidade, compartilhando relatos de desrespeito aos direitos dos neurodivergentes, sobretudo nas escolas e no mercado de trabalho.
O despreparo e a insensibilidade dos bancos para com o tema também foi denunciado no evento. Relatos de perseguição, ofensas e discriminação contra pais atípicos e neurodivergentes foram trazidos pelo público. Diante de um cenário tão adverso, a dirigente do SP Bancários, Maria Cleide Queiroz, orientou os presentes a utilizarem o canal de denúncias do sindicato. Dessa forma, a entidade pode agir nas esferas legais e nas mesas de negociação.