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Chapéu
Meio ambiente

Sindicato participa da abertura da jornada de debates para a COP 30

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Dirigentes reunidos no evento do Dieese rabalho, meio ambiente e transição justa - rumo à COP 30

O ano de 2024 foi o mais quente já registrado, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Relatório divulgado pela entidade em janeiro de 2025 aponta que a temperatura média global em 2024 ficou mais de 1,5°C acima da média registrada entre 1850 e 1900.

O aumento da temperatura global é uma calamidade que resultará em prejuízos consideráveis ao meio ambiente, à vida humana e à economia. As consequências são tão severas que António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, afirmou que o mundo  enfrenta um “colapso climático”.

Em face deste cenário alarmante, dirigentes sindicais da CUT e de demais centrais sindicais se reuniram nesta quarta-feira  9 de abril, em mais uma Jornada Nacional de Debates. O tema do evento organizado pelo Dieese é “Trabalho, meio ambiente e transição justa - rumo à COP 30”.

“Neste momento crucial da história, em que o mundo discute o futuro do planeta, é fundamental lembrar: não pode haver transição justa sem a voz ativa dos trabalhadores. A transição energética e ecológica não é apenas um debate técnico — é, acima de tudo, uma questão de justiça social”, afirma Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato.

A jornada, com apoio do Labora - Fundo de Apoio ao Trabalho Digno, será realizada nas capitais dos 17 estados onde o Dieese possui escritórios, visando capacitar e envolver os trabalhadores nos debates ambientais da atualidade.

Consequências do aquecimento global

Segundo ambientalistas e cientistas, o aquecimento global trará diversas consequências que afetam o meio ambiente, a economia e a sociedade. Dentre elas estão eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e inundações; o derretimento das calotas polares e a elevação do nível do mar; a acidificação dos oceanos, o que afeta a vida marinha; impactos na biodiversidade, com a extinção de muitas espécies; prejuízos à produtividade agrícola, podendo levar a crises alimentares em algumas regiões; progressão de doenças; e deslocamento de populações devido a condições climáticas extremas, resultando em crises humanitárias.

“Esta realidade afetará a todos, principalmente os mais vulneráveis. Por isto, é urgente o envolvimento de toda a humanidade na resolução deste problema causado principalmente pelo capitalismo desenfreado que busca o lucro ilimitado em um mundo com recursos limitados”, pontua Lucimara.

A dirigente ressalta que os trabalhadores e trabalhadoras são os responsáveis por construir a riqueza e mover as engrenagens da economia. E por sentir na pele os impactos das mudanças climáticas. “Somos nós que enfrentamos o desemprego quando uma empresa fecha, que sofremos com a poluição nos nossos bairros, que perdemos a renda quando a terra seca ou a água escasseia”, afirma a dirigente.

“Por isso, não aceitaremos uma transição que nos exclua. Queremos políticas públicas que garantam emprego digno, capacitação profissional, proteção social e desenvolvimento sustentável para nossas comunidades. Queremos um futuro verde, sim — mas com justiça, com equidade, com dignidade para quem trabalha”, acrescenta Lucimara.

“Não há justiça ambiental sem justiça social. Não há solução duradoura sem a participação de quem vive o dia a dia do trabalho.  Precisamos construir, juntos, uma transição justa de verdade!”, finaliza a secretária-geral do Sindicato.

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