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Retirada de portas ameaça segurança em Osasco

Linha fina
Número de assaltos vem subindo e, para dirigente sindical, ações podem ter sido facilitadas pela supressão do equipamento nas agências da cidade
Imagem Destaque

São Paulo – As agências bancárias de Osasco estão mais inseguras. Segundo denúncias recebidas pelo Sindicato, está ocorrendo na cidade uma ação sistemática por parte dos bancos para a retirada das portas giratórias detectoras de metal das agências.

Osasco é um importante polo financeiro por sediar a matriz do Bradesco. A cidade viu aumentar o número de roubo a bancos em um ano: se no primeiro trimestre de 2012 houve um assalto, no mesmo período deste ano já foram registrados dois casos.

Para o coordenador da CUT subsede Osasco e diretor do Sindicato, Valdir Fernandes, o Tafarel, esse quadro pode ter sido facilitado pelos próprios bancos, por estarem retirando as portas giratórias com detector de metais das agências.

“Várias agências bancárias de Osasco não têm mais porta de segurança. O Itaú é o banco que mais retirou esse dispositivo de segurança.”

Roubos a banco no Brasil – No ano passado, ocorreram 2.530 ataques a bancos em todo o país, média de 6,92 por dia e aumento de 56,89% em comparação com 2011, quando foram registrados 1.612 ações violentas contra instituições financeiras. Os dados são da 4ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos feita pelas confederações nacionais dos vigilantes (CNTV) e dos trabalhadores do ramo financeiro (Contraf-CUT). O estado de São Paulo liderou o ranking, com 492 ataques.

Latrocínios e arrombamentos – O número de arrombamentos a agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos no país também aumentou de 959, em 2011, para 1.757, alta de 83,21% segundo a 4ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos. As mortes em decorrência de assaltos envolvendo bancos também cresceram. São Paulo continua sendo o estado onde esse tipo de latrocínio mais ocorre; seis dos 27, o que corresponde a 22% do total.

Projeto Piloto – Na Campanha Nacional 2012, o Sindicato conquistou a promessa da implantação de um projeto piloto em agências da região metropolitana de Recife que prevê a instalação de dispositivos de segurança reivindicados pela categoria. Veja as propostas dos vigilantes e bancários contra a violência envolvendo bancos.

- Porta giratória com detector de metais antes da sala de autoatendimento com recuo em relação à calçada onde deve ser colocado um guarda-volumes com espaços chaveados e
individualizados;
- Vidros blindados nas fachadas;
- Câmeras de vídeo em todos os espaços de circulação de clientes, bem como nas calçadas e áreas de estacionamento, com monitoramento em tempo real e com imagens de boa qualidade para auxiliar a polícia na identificação de suspeitos;
- Biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas, com o reposicionamento do vigilante para observar também esse espaço junto com a colocação de uma câmera de vídeo, o que elimina o risco do chamado ponto cego;
- Divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos;
- Ampliação do número de vigilantes visando garantir o cumprimento integral da lei 7.102/83 durante todo horário de funcionamento das agências e postos de atendimento;
- Fim da guarda das chaves de cofres e das unidades por bancários e vigilantes, ficando as chaves na sede das empresas de segurança;
- Proibição do transporte de valores por bancários; operações de embarque e desembarque de carros fortes somente em locais exclusivos e seguros; e fim do manuseio e contagem de numerário por vigilantes no abastecimento de caixas eletrônicos;
- Atendimento médico e psicológico para trabalhadores e clientes vítimas de assaltos, sequestros e extorsões;
- Escudos e assentos no interior das agências e postos de atendimento para os vigilantes;
- Instalação de caixas eletrônicos somente em locais seguros;
- Maior controle e fiscalização do Exército no transporte, armazenagem e comércio de explosivos.


Redação – 13/05/2013

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