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Senado aprova isenção de IR em PLR de até R$ 6 mil

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Mordida mais branda do leão é conquista da classe trabalhadora e texto agora vai para sanção presidencial
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São Paulo - O plenário do Senado aprovou no início da noite de terça 28 a Medida Provisória (MP) 597/2012, ou Projeto de Lei de Conversão (PLV) 7/2013, sobre tributação de Imposto de Renda no pagamento de PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). Aprovada na Câmara no dia 22, a MP garante isenção para prêmios de até R$ 6 mil e fixa uma tabela progressiva para prêmios acima desse valor. Agora, a MP segue para sanção presidencial.

A tabela fixa alíquota de 7,5% para PLRs de R$ 6.000,01 a R$ 9.000,00, 15% de R$ 9.000,01 a R$ 12.000, 22,5% de R$ 12.000,01 a R$ 15.000 e de 27,5% acima de R$ 15 mil.

A mordida menor do leão é conquista da classe trabalhadora por meio de campanha iniciada em 2011 por bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e urbanitários, com adesão da CUT e demais centrais sindicais, além do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP).

No 1º de Maio do ano passado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, chegou a anunciar que o governo iria atender à reivindicação. Mas as negociações continuaram, até a edição da MP 597, já em dezembro.

A proposta também prevê a criação de uma comissão paritária escolhida pelas partes, integrada ainda por um representante do sindicato da categoria profissional. Segundo o texto, "a empresa deverá prestar aos representantes dos trabalhadores na comissão paritária informações que colaborem para a negociação".

60% dos trabalhadores - Foram apresentadas 36 emendas. Todos os destaques da oposição para alterar a tabela do IR foram rejeitadas em plenário. Segundo o relator da MP na Câmara, deputado Luiz Alberto (PT-BA), o patamar de R$ 6 mil abrange aproximadamente 60% dos trabalhadores atingidos.

"É também uma forma de incentivar que, na relação patrão e empregado, nos acordos que são feitos, se tenha uma prioridade nessa área da participação dos lucros e resultados das empresas e significa, na verdade, um bônus para esse conjunto de trabalhadores", declarou o líder do PT, Wellington Dias (PI).


Redação, com informações da Agência Senado e da Rede Brasil Atual - 29/5/2013

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