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Grito da Terra pede agilidade em perícias do INSS

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Trabalhadores sugeriram em reuniões com ministros que atestados de médicos do SUS sejam reconhecidos
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São Paulo - Dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) reuniram-se com vários ministros durante o dia de na quarta 14, em Brasília. Uma das pautas discutidas foi a melhoria do serviço de perícia nas unidades do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), debatida com o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho.

“Existem situações onde o trabalhador fica cinco meses esperando uma perícia, como num município no Ceará. Faltam médicos e peritos do INSS e mesmo com os esforços do governo o problema persiste”, disse o Secretário de Políticas Sociais da Contag, José Wilson Gonçalves.

Os trabalhadores sugeriram que os atestados fornecidos pelos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) sejam também reconhecidos por profissionais do INSS, sem necessidade de nova avaliação. “Concordaram com a sugestão e nos colocamos à disposição para ajudar a pensar numa forma onde saúde e Previdência Social possam oferecer uma saída para o problema”, disse Gonçalves.

O secretário de Meio Ambiente da Contag, Antoninho Rovaris, reuniu-se com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ele pediu que o ministério providenciasse, em até dois anos, 4,6 milhões de cadastros ambientais rurais, documentos que atestam o compromisso do produtor com o meio ambiente. Os representantes dos trabalhadores rurais também pediram providências para que os cadastros sejam aceitos nos estados.

De acordo com a Contag, a ministra informou que a inclusão dos trabalhadores rurais no cadastro tem forte significado político e é importante para a população entender que a agricultura familiar está comprometida com a recuperação do meio ambiente no país.

As negociações fazem parte do 20º Grito da Terra Brasil, promovido pela entidade. Amanhã, as conversas serão com os ministérios da Educação e da Saúde. Um dos assuntos a serem tratados com o ministro da Educação, Henrique Paim, será um currículo especial para os trabalhadores rurais incluídos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Para Gonçalves, os produtores e agricultores precisam de um ensino mais voltado à realidade deles. “A política atual de formação técnica está muito focada em atender a demandas de mercado mais urbanas. O trabalhador rural precisa aprimorar conhecimentos para seu trabalho de produção. No caso da agricultura familiar, questões voltadas ao cooperativismo e a agroecologia devem ser priorizados”, explicou.


Marcelo Brandão, da Agência Brasil - 15/5/2014

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