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Proposta desagrada funcionários de universidades

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Reitores da USP, Unesp e Unicamp apresentaram reajuste salarial de 4% em maio e mais 3,09% em outubro; sindicatos pedem 11,6%
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São Paulo - Após cerca de duas horas de reunião, os reitores das três universidades estaduais de São Paulo apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 4% em maio e mais 3,09% em outubro para professores e funcionários da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A proposta foi considerada insuficiente pelos sindicatos, que pedem reajuste de 11,6%, mas o valor apresentado ainda será votado em assembleias.

“A pauta dessa reunião era a questão salarial e procuramos ouvir a proposta que eles tinham. Originalmente, eles propuseram 4% agora, em maio, recebendo em junho, e 3,09% em dezembro, incidindo sobre o 13º salário. Eles vieram, depois, com uma nova proposta, que modificou muito pouco, de 4% em maio e 3,09% em outubro”, disse Cesar Minto, da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) e da coordenação do Fórum das Seis, entidade que congrega sindicatos e diretórios estudantis das três universidades.

Uma nova reunião para discutir a questão salarial foi marcada para o dia 25, novamente na sede do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), a partir das 15h. Enquanto a reunião ocorria na sede do Cruesp, na região da Avenida Paulista, estudantes, funcionários e professores das três universidades se reuniram na frente do prédio para um ato público, que ocorreu de forma pacífica.

Além do reajuste, professores, estudantes e funcionários universitários também protestam contra uma proposta do governo estadual, que foi encaminhada para a Assembleia Legislativa, para estabelecer um teto máximo de 9,57% de repasse de verba para as universidades, valor que antes era tido como piso.

Para Cesar Minto, essa medida pode afetar negativamente todas as atividades universitárias, desde as pesquisas até os hospitais e creches mantidos pelas universidades. “Isso afeta todas as atividades-fim e meio também. O ataque às atividades-fim é mais difícil de perceber, exige tempo maior para ser percebido. Mas das atividades-meio, se sente no ato, como é o caso das creches e a falta de funcionários.”

Segundo ele, não está descartada greve entre professores e funcionários das universidades estaduais este ano. “O que está acontecendo são dois fenômenos: estamos com uma proposta [de reajuste salarial] rebaixada, e com uma ameaça do governo do estado de diminuir o repasse para as universidades, que não é suficiente. Isso tem potencial explosivo. Por isso, precisamos discutir, de forma calma, com as diversas categorias, para ver o que tomaremos como iniciativa próxima”, disse ele.

Procurado pela Agência Brasil, o Cruesp ainda não se manifestou sobre o protesto nem sobre a reunião dos funcionários, alunos e professores das três universidades.


Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil - 15/5/2015
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