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São Paulo – A economista Maria Silvia Bastos Marques foi indicada pelo presidente interino Michel Temer para presidir o BNDES. A escolha procura aplacar as críticas ao governo recém-empossado, após o afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Pegou mal no Brasil e até no mundo a exclusão de negros e mulheres do ministério.
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Mas se a nomeação de Maria Silvia procura remediar o problema de gênero, não diminui as suspeitas de que esteja por vir uma ofensiva em termos de privatizações. A economista já atuou, nos anos 1990, como assessora especial para assuntos de desestatização do BNDES, da área financeira e internacional do banco. Na era das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), a instituição teve como diretora de desestatização outra mulher, Elena Landau.
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A economista presidiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) entre 1999 e 2002. A empresa de origem estatal foi uma das primeiras a ir a leilão, ainda no governo Itamar Franco (1993). Itamar não era um entusiasta do programa criado por seu antecessor, Fernando Collor de Mello. Mas seu sucessor, FHC, retomou e acelerou o processo. Sob a gestão tucana, o BNDES atuou fortemente em privatizações como as do Sistema Telebras, Embraer, Vale, companhias energéticas, bancos estaduais.
O programa arrecadou US$ 78,6 bilhões nos leilões, mas não impediu o avanço da dívida pública de R$ 60 bilhões em junho de 1994 para R$ 245 bilhões no final do primeiro mandato de FHC, em 1998.
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Rede Brasil Atual, com informações da Agência Brasil e edição da Redação - 17/5/2016
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O programa arrecadou US$ 78,6 bilhões nos leilões, mas não impediu o avanço da dívida pública de R$ 60 bilhões em junho de 1994 para R$ 245 bilhões no final do primeiro mandato de FHC, em 1998.
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