São Paulo – A Superintendência Regional Paulista do Santander determinou a revista dos pertences dos bancários e bancárias quando entram nas agências submetidas àquela regional. Os funcionários, principalmente as trabalhadoras que têm de abrir suas bolsas e expor seus pertences aos vigilantes, denunciaram a medida ao Sindicato e reclamaram que se sentem constrangidos.
“É um desrespeito, uma arbitrariedade, já que as normas de segurança estão sendo cumpridas pelos trabalhadores. Isso não pode continuar ocorrendo”, afirma a dirigente sindical e funcionária do Santander Wanessa Queiroz.
Em teleconferência com funcionários, o gerente regional paulista justifica a nova regra citando uma suposta mudança nas normas de segurança. “Mas não houve qualquer mudança nesse sentido nas cláusulas da CCT [Convenção Coletiva de Trabalho] que tratam de segurança bancária. Não há nada na nossa convenção coletiva que determine revista de trabalhadores”, destaca a dirigente.
O Sindicato já procurou a área de Recursos Humanos (RH) do banco, que se comprometeu a conversar com o gerente regional paulista. O próprio RH admitiu que não houve nenhuma mudança de norma de segurança, como afirmou o gestor.
“Esperamos que o gerente volte atrás e acabe com essa revista. Mas vamos continuar acompanhando e se o problema persistir, nós vamos realizar ações sindicais”, avisa a dirigente.
“É um desrespeito aos trabalhadores do banco, que tanto se dedicam para que o Santander Brasil bata seus recordes de lucro e seja a unidade com melhor resultado financeiro do grupo em todo o mundo, ficando na frente até mesmo da matriz, na Espanha. Esses trabalhadores precisam ser valorizados por isso, e não humilhados como estão sendo. Os brasileiros merecem o respeito que o Santander tem com os trabalhadores da Espanha”, critica Wanessa.