São Paulo - A Contraf-CUT reuniu-se na sexta-feira 12, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a comissão bipartite de segurança bancária, em São Paulo. O objetivo do encontro, o segundo do ano, era ouvir a resposta dos bancos para três reivindicações apresentadas na reunião anterior.
Sobre a manutenção dos vigilantes durante o contingenciamento do atendimento das agências alvo de explosões, os bancos disseram que são casos pontuais e avaliam que não há necessidade. Os bancários reforçaram que é muito importante e, inclusive, já houve furto de documentos e pertences de trabalhadores nessas unidades.
Os bancos negaram também a solicitação de um vigilante extra para fazer a detecção de metal com equipamento portátil nas agências cujas portas giratórias apresentarem problemas. E apresentaram justificativas que serão levadas para avaliação do Comando Nacional dos Bancários.
Também foi debatida a ampliação da proteção aos bancários, prevista na clausula 33-C da CCT. Ela abre a possibilidade de realocação para outra agência ou posto de atendimento bancário apresentado pelo empregado que for vítima de sequestro consumado (na modalidade extorsão mediante sequestro). Os representantes da Fenaban disseram que a cláusula ainda está em estudo com os bancos e na próxima reunião, marcada para 12 de julho, deverão apresentar uma proposta.
“As nossas reivindicações são simples e o custo é praticamente zero”, afirma o secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo. “São medidas que na verdade dariam mais segurança aos bancários e clientes. Os bancos têm condições de manter um efetivo melhor nesses casos”, critica o dirigente.
“As respostas ficaram aquém da nossa expectativa. Vamos continuar pressionando para que todos esses pontos, que consideramos de fundamental importância, sejam atendidos”, garantiu Gustavo Tabatinga, secretário de Políticas Sindicais da Contraf-CUT.