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Chapéu
Campanha 2018

Prioridade dos financiários é manter direitos previstos na CCT

Linha fina
Esta será a primeira negociação após a reforma trabalhista e trabalhadores querem garantir o que foi conquistado
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Foto: Contraf-CUT

A 3ª Conferência Nacional dos Financiários definiu, na sexta-feira 4, a pauta de reivindicações que deverá ser apresentada à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), para a Campanha Nacional 2018. A data base da categoria é 1º de junho.

Jair Alves, coordenador do coletivo dos financiários, afirma que o objetivo dos trabalhadores é manter a atual Convenção Coletiva de Trabalho, com ajustes.

“Esta será a primeira negociação após a reforma trabalhista. Por isso temos de garantir a manutenção dos nossos direitos, de forma que a nova lei não nos afete.”

Antes de ser apresentado à bancada patronal, a pauta passará pela avaliação do Comando Nacional dos Bancários e da categoria, por meio de assembleias.

Trabalhadores unidos nas eleições

Para Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, a grande batalha desse ano vai ser dialogar com os trabalhadores sobre o quanto as eleições são estratégicas.

“Nós queremos manter nossos direitos ou queremos perder ainda mais direitos? A nova lei trabalhista trouxe uma série de prejuízos para a classe trabalhadora e nós não vamos resgatar isso se não mantivermos a democracia, o direito de manifestação popular. A gente precisa dizer isso para os trabalhadores. Está na hora de unir a classe trabalhadora, pois juntos somos mais fortes. Há males que vêm para o bem. O ruim disso tudo é a perda de direitos, mas o bom é uma classe trabalhadora mais unida, politizada e fortalecida.”

Um perfil do setor

A Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE) registra a existência de 5.624 financiários em dezembro de 2016. A categoria representa 0,7% do total de empregos no sistema financeiro formal (853.575).

Quando se observa a evolução do emprego no setor financeiro no período compreendido entre 2006 e 2016, nota-se que os financiários tiveram aumento de 17,3% no emprego, passando de 4.796 trabalhadores em 2006 para 5.624 em 2016. Tal crescimento foi inferior à média observada para o sistema financeiro (28,7%).

Por outro lado, as financeiras aumentaram significativamente a contratação de correspondentes bancários no período. Em dezembro de 2007, as financeiras haviam contratado 4.134 correspondentes. Em dezembro de 2016, esse número subiu para 34.568, representando 736,2% mais.

A remuneração média dos financiários aumentou 15,5% em termos reais, entre 2006 e 2016, ganho superior à média do setor financeiro (7,6%).

Quanto ao perfil, os dados dos Registros Administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, demonstram que as mulheres são maioria (57%) entre os financiários, porém, recebem remunerações, em média, 31,9% inferiores à dos homens.

 

 

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