Em comunicado aos trabalhadores e à sociedade brasileira, o coordenador da FUP, José Maria Rangel, nomeia os dois grandes culpados pelos preços abusivos dos combustíveis no Brasil: "o golpista Michel Temer e Pedro Parente, a quem ele deu o comando da Petrobras." A reportagem é da RBA.
O petroleiro afirma que, em julho do ano passado, o governo Temer dobrou a tributação sobre os combustíveis, aumentando em cerca de 100% a incidência do PIS/Cofins, "fato que agora a mídia encobre". Sobre o atual presidente da estatal, Pedro Parente, o comunicado afirma que, "desde que assumiu a Petrobras, trata a companhia como uma empresa privada, sem compromisso algum com a sociedade brasileira."
“Hoje a Petrobras pratica preços internacionais. Qualquer conflito que aconteça fora do Brasil influencia diretamente os preços dos combustíveis no País”, alerta José Maria Rangel. Ele lembra que quando Pedro Parente anunciou a paridade de preços com o mercado internacional, em outubro de 2016, a FUP denunciou que quem pagaria a conta, seria o povo brasileiro. A política de preços foi alterada e, em julho do ano passado, os reajustes passaram a ser diários.
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“Os acionistas da Petrobras estão rindo de orelha a orelha com os reajustes diários. Mais de 121 reajustes foram feitos desde que essa política foi implantada. Os preços da gasolina e do diesel sofreram aumentos de mais de 50%. Esse é o preço da irresponsabilidade dos senhores Michel Temer e Pedro Parente. Mas, a mídia não fala”, afirma.
José Maria Rangel destaca que a manifestação dos caminhoneiros é justa e legítima, mas é preciso que o movimento se posicione, deixando claro para a sociedade quem são os responsáveis pelos preços abusivos dos combustíveis. “É preciso que digam que Temer e Parente são os grandes culpados por esse caos”, ressaltou o coordenador da FUP, avisando que os petroleiros irão fazer a maior greve da história da categoria.
“Nós não podemos aceitar que o número de importadoras de petróleo no país salte de 50 para mais de 200, com as bênçãos de Pedro Parente. Nós não podemos aceitar que as nossas refinarias, por conta de uma decisão do governo Temer, estejam processando cada vez menos derivados, abrindo o mercado para as empresas internacionais. E essa conta, quem paga é o povo”, afirma José Maria Rangel, avisando que os petroleiros “irão realizar uma grande greve nesse país, no mês de junho, para barrar a privatização da Petrobras”.
Rangel encerra o comunicado adiantando que a categoria se mobiliza para também paralisar atividades, em luta contra a retirada de seus direitos. “Vem aí a greve nacional dos petroleiros! Privatizar faz mal ao Brasil!”