A ministra alemã da Educação, Anja Karliczek, anunciou que o país irá investir, entre 2021 e 2030, 160 bilhões de euros no ensino superior e pesquisa cientifica. Em média, o valor representa 2 bilhões de euros a mais por ano, na comparação com 2019. "Com isso estaremos garantindo a prosperidade de nosso país no longo prazo", afirmou Karliczek.
Ao contrário do governo alemão, o governo Bolsonaro bloqueou 30% da verba destinada às universidades e institutos federais brasileiros. Além disso, apesar do presidente afirmar que priorizará a educação básica, a etapa perdeu pelo menos R$ 914 milhões em políticas específicas para seu desenvolvimento.
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“Esse falso discurso de responsabilidade fiscal, essa obsessão por 'economizar', é uma desculpa para destituir do Estado brasileiro seu papel de indutor do desenvolvimento e de combate à desigualdade. O governo fala em economizar R$ 1 trilhão com a reforma da Previdência, acabando com a aposentadoria de milhões; cortam-se recursos da educação; da saúde; privatizam-se estatais; vende-se patrimônio da Caixa; e depois de economizar tudo isso com uma verdadeira política de destruição, o que será feito com o dinheiro? Será entregue aos banqueiros? Ao mercado? Quantos trabalhadores terão de ficar desempregados para agradar o mercado? Quantos idosos sem aposentadoria serão suficientes para acalmar o mercado? O fim da universidade pública e da pesquisa cientifica bastará? Vale a pena?”, indaga a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro.
“Para que um dia tenhamos um país próspero é necessário que sejam feitos investimentos para a formação de capital intelectual, um ativo importantíssimo para qualquer país. Entretanto, o governo Bolsonaro não deseja que os nossos jovens tornem-se intelectuais e cientistas dotados de pensamento crítico. Assim, é mais fácil manipulá-los. Assim se destrói o presente e o futuro de um país. Não podemos permitir que essa política de destruição do governo Bolsonaro tenha êxito. Só a luta nos garante”, conclui Neiva.