O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltaram a se reunir, na tarde desta quarta-feira 29, na mesa bipartite de igualdade de oportunidades. A pauta do encontro foi a construção do III Censo da Diversidade Bancária. As duas partes haviam definido em abril o cronograma do recenseamento, que tem previsão de início no final de agosto. Os dados serão tabulados e analisados entre novembro e janeiro e os resultados serão divulgados em fevereiro de 2020.
Juvandia Moreira, coordenadora do comando e presidenta da Contraf-CUT, acredita que o censo é uma oportunidade importante para que o preconceito que vemos na sociedade não seja reproduzido nos bancos. “É um momento para estimular que os bancários possam ser agentes da diversidade em todos os lugares. A ideia é que o movimento sindical e os bancos promovam a diversidade no setor financeiro.”
Para ela, a formação dos trabalhadores é um caminho para evitar a disseminação do preconceito nos locais de trabalho. “Os sindicatos também têm um papel importante, pois estão ouvindo os trabalhadores no dia a dia.”
Juvandia lembrou que foi possível perceber uma evolução nos resultados do primeiro censo para o segundo. “Por isso, é tão importante a realização do Censo, pois ajuda o movimento sindical a acompanhar e a cobrar que os bancos coíbam praticas discriminatórias”.
Também participaram da reunião o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE), que darão a certificação técnica do censo. “É importante a presença das entidades, pois ajuda a dar credibilidade ao censo e a mostrar que a sociedade precisa avançar”, finalizou a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.