No dia 13 de maio, data em que se "comemora" a Abolição da Escravatura, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região fez uma roda de conversa com o tema: abolição inacabada. Para o Sindicato e para o movimento negro, a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888, não deve ser festejada, uma vez que não veio acompanhada de políticas públicas que incluíssem os ex-escravos, e até os dias de hoje a população negra encontra-se marginalizada.
> 13 de maio: dia de protestar, não de comemorar
Participaram desse evento os professores Edson Luiz de França, vice-presidente da Unegro, Ramatis Jacino, professor licenciado em História da África e Negros no Brasil e Rozina Conceição, diretora estadual da União de Negros e Negras pela Igualdade e assessora da deputada estadual, Leci Brandão.
Estiveram presentes também militantes do movimento negro, sindicalistas e bancários de base que refletiram sobre a data, desconstruíram narrativas históricas, pensaram a resistência neste momento de autoritarismo e crescimento do fascismo. Após o debate, houve lavagem simbólica da estátua de Zumbi dos Palmares na Praça Antônio Prado, em frente à sede do Sindicato.
A roda de conversa foi mediada pela presidenta do Sindicato, Ivone Silva, que citou os dados do Censo da Diversidade Bancária 2014, que mostra que negras e negros ainda são minoria no setor financeiro. Assista e compartilhe!