O Santander tem preocupado os seus funcionários com uma série de mudanças na segurança das agências bancárias. Tem investido alto em alteração de layout, retirada das portas giratórias de pelo menos 36 agências e automatização do suprimento dos caixas e do autoatendimento, além de criar a figura do tesoureiro digital. Todo o alto investimento, contudo, só aumentou, ao invés de diminuir, a sensação de insegurança dos bancários nos locais de trabalho.
A última medida tomada pela direção do banco é a retirada dos vigilantes das agências que operam como Ponto de Atendimento, deixando trabalhadores ainda mais vulneráveis e apreensivos com bandidos de oportunidade ou clientes com ânimos alterados.
“Em negociação do Sindicato com o banco foram apresentados os novos mecanismos de segurança, porém todos eles visam apenas a proteção do patrimônio, e não a das pessoas. A prioridade do banco é o numerário. Já a nossa são as pessoas, clientes e funcionários que circulam na agência”, enfatiza a dirigente sindical Lucimara Malaquias, bancária do Santander.
“Frisamos que a responsabilidade do banco é garantir segurança dos seus funcionários e clientes. As vidas das pessoas não têm preço”, acrescenta a dirigente.
Lucimara lembra que os bancários que sentirem insegurança ou presenciarem qualquer ocorrência nas agências devem avisar o Sindicato imediatamente. As denúncias podem ser feitas pelo site, pela Central de Atendimento (11-3188-5200), WhatsApp (11-975937749) ou diretamente e algum dirigente sindical (veja aqui os telefones e os endereços das regionais). O sigilo é garantido.
O Sindicato visitará todos os locais afetados com frequência. Em conversa com dirigentes, o banco se comprometeu a emitir comunicados e fazer reuniões informativas nos postos de trabalho para que todos os trabalhadores, principalmente os vigilantes, conheçam os novos mecanismos e procedimentos de segurança.
“Nos locais onde a insegurança e a vulnerabilidade são maiores, pedimos que o Santander recoloque a porta giratória. Nas agências Select, por exemplo, permanece a porta de segurança e, em muitos casos, de um modelo específico, reforçado, chamado de 'eclusa'. Por que para o banco a valorização da vida está diretamente relacionada ao poder aquisitivo do cliente?”, indaga Lucimara.
A retirada das portas giratórias de pelo menos 36 agências teve início em abril, e uma reunião de avaliação dos resultados está prevista para julho. “Por isso, é importante que os bancários nos avisem das ocorrências”, finaliza.