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Itaú lucra R$ 6,4 bilhões no primeiro trimestre de 2021

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O Itaú Unibanco teve lucro recorrente gerencial (que exclui efeitos extraordinários no lucro) de R$ 6,4 bilhões no primeiro trimestre de 2021. O resultado apresentou uma alta de 63,5% em relação ao mesmo período do ano passado e de 18,7% na comparação com o trimestre anterior.

Ao final de março de 2021, o Itaú Unibanco contava com 84.415 empregados no país, com abertura de 2.308 postos de trabalho em doze meses, sendo 496 no primeiro trimestre deste ano. Este número se deve às contratações para a área de TI e à incorporação, a partir do segundo trimestre de 2020, dos empregados da ZUP (empresa de tecnologia adquirida em outubro de 2019).

Todavia, em doze meses, foram fechadas 115 agências físicas no Brasil, e não foram abertas agências digitais. Ao todo, as agências físicas do Itaú Unibanco somam 3.041 unidades; e as digitais, 195.

“O lucro líquido do Itaú, nos três primeiros meses do ano, atingiu um montante muito elevado em relação ao mesmo período de 2020. Isso significa que mesmo com a economia em crise, os bancos continuam com excelentes resultados. E sabem por que continuam lucrando mesmo com a economia nessa situação? Além das instituições financeiras serem as principais detentoras dos títulos da dívida pública, ainda cobram as maiores taxas de juros bancárias no mundo, ou seja, ganham muito com os juros cobrados dos clientes”, enfatiza Ivone Silva, presidenta do Sindicato e bancária do Itaú.

“Durante a pandemia, por ganância dos banqueiros, aumentaram ainda mais seus lucros reduzindo seu quadro de funcionários e com a eliminação das agências. Somente o Itaú fechou 115 agências no país em um ano. O crescimento do emprego, anunciado pelo Itaú, no entanto, está fora das agências. O resultado é o trabalhador cada vez mais sobrecarregado, com o aumento das metas, o que prejudica ainda mais a saúde do bancário”, acrescenta Ivone.

Outros números

O retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado do banco (ROE) foi de 18,7%, com alta de 4,7 pontos percentuais em doze meses.

Ainda que as receitas da intermediação financeira tenham caído, as despesas caíram mais, gerando um resultado bruto positivo de R$ 13,7 bilhões no 1º trimestre deste ano, o que permitiu o crescimento do lucro líquido. No 1º trimestre do ano anterior, o resultado bruto da intermediação foi negativo em mais de pouco mais de R$ 8,0 bilhões.

A Carteira de Crédito do banco cresceu 15% em doze meses, atingindo R$ 906,4 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) subiram 9,8% em relação a março de 2020, totalizando R$ 261,3 bilhões, com destaque para crédito imobiliário (+32,4%), veículos (+25,6%) e crédito consignado (+11,5%).

Já as operações com micro e pequenas empresas (MPE) somaram R$ 128,3 bilhões no país, com alta de 22,7% em doze meses, e a carteira de grandes empresas variou 11,5%, totalizando R$ 279 bilhões.

A carteira de crédito para a América Latina cresceu 21,6% no período, atingindo R$ 237,8 bilhões. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, no país, caiu 0,8 ponto percentual, ficando em 2,7% no 1º trimestre. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) foram reduzidas em 71,1% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 3,1 bilhões em março de 2021.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 4% em doze meses, totalizando cerca de R$ 10,0 bilhões. As despesas de pessoal, por sua vez, cresceram 18,5%, somando R$ 6,2 bilhões. Com isso, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 159,8% no período.

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