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Chapéu
Balanço

Itaú lucra R$ 8,435 bilhões no 1º trimestre

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Imagem de um celular, com o logo e a siglas 1T23 na tela, com gráficos ao fundo

O Itaú obteve lucro líquido recorrente gerencial - que exclui eventos extraordinários - de R$ 8,435 bilhões nos três primeiros meses de 2023, um crescimento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2022 e de 10% em relação ao trimestre anterior. No país, o retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado do banco (ROE) foi de 21,1% no período, com alta de 0,1 p.p. em doze meses.

De acordo com o balanço do banco, o crescimento da carteira, associado à gradual mudança do mix para créditos com melhores spreads, levou a um crescimento de 20% na margem financeira com clientes. Além disso, de acordo com o Itaú, houve a reprecificação do capital de giro próprio e maior margem de passivos. No outro sentido, segundo o relatório, houve redução na margem financeira com o mercado, além do aumento no custo do crédito, relacionado à expansão da carteira de crédito de varejo. 

"É importante salientar que grande parte desse lucro foi construído com o sofrimento dos bancários, que estão submetidos a uma rotina de pressão por metas abusivas e assédio moral, ocasionando uma epidemia de doenças mentais nas áreas comerciais do banco. O Itaú deveria trazer para a realidade os compromissos assumidos com as práticas de ESG, olhando para os trabalhadores com um pouco do S de social"

Edegar Faria, dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e bancário do Itaú

Emprego 

Ao final do 1º trimestre deste ano, o Itaú contava com 89.497 empregados no Brasil, o que significa a abertura de 1.237 postos de trabalho em doze meses. De acordo com o relatório do banco, o saldo positivo de contratações se deu pela ampliação no número de assessores de investimentos e contratações para a área de TI. 

No período, foram fechadas 103 agências físicas e abertas 100 agências digitais, totalizando 2.731 e 415 unidades, respectivamente.

"O resultado apresentado pelo Itaú no primeiro trimestre prova que não existe qualquer justificativa para o banco demitir. Pelo contrário, o Itaú pode e deve contratar mais, de forma que a sobrecarga de trabalho seja reduzida e, por consequência, também o adoecimento entre os bancários. Além disso, o banco também deveria valorizar seus trabalhadores, a categoria bancária, interrompendo todo e qualquer processo de terceirização, que achata a remuneração e retira direitos", conclui o dirigente do Sindicato. 

Somente com o que fatura com a prestação de serviços e tarifas bancárias - receita secundária que cresceu 4,9% em doze meses, totalizando 11,681 bilhões - o Itaú cobre em 165,8% do total de suas despesas com pessoal, incluindo a PLR. 

Outros números

A carteira de crédito do Itaú cresceu 11,7% em doze meses e 1% no trimestre, atingindo R$ 1.153,0 bilhões. 

As operações com pessoas físicas (PF) no país cresceram 16,2% em doze meses, totalizando R$ 402,5 bilhões, com destaque para o crédito pessoal (+26,0%), crédito imobiliário (+21,3%) e consignado (+17,1%). 

Já as operações com pessoa jurídica tiveram alta de 5,2% no período, totalizando R$ 298,7 bilhões. Destaque para o crédito imobiliário (+57,3%), BNDES/repasses (+39,0%) e financiamento à exportação/importação (+16,4%). 

A carteira de crédito para a América Latina apresentou expansão de 14,2% em doze meses, atingindo R$ 211,6 bilhões. 

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, no país, cresceu 0,5 p.p. em doze meses, ficando em 3,4% no 1º trimestre do ano. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD), por sua vez, cresceram 27,1% em relação ao mesmo período de 2022, totalizando R$ 8,8 bilhões em março de 2023.

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