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Chapéu
Portal do Inferno

Santander: Sindicato protesta contra superlotação e falta de condições de trabalho em agência de São Mateus

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Protesto do Sindicato em agência do Santander em São Mateus. Na imagem aparecem dois dirigentes e o "portal do inferno", lona colocada na frente da unidade para denunciar as condições de trabalho inadequadas

Superlotação, falta de funcionários para atender o público, metas absurdas e adoecimento. Por estas razões, o Sindicato dos Bancários realizou um protesto, nesta sexta 3, em uma agência do Santander em São Mateus, bairro do extremo leste da capital paulista.

Para ilustrar a falta de condições de trabalho adequadas enfrentada pelos funcionários da unidade, e por consequência o atendimento precarizado aos clientes e população, o Sindicato levou até a unidade o Portal do Inferno, tradicional forma de protesto da entidade.

“O Santander, ao invés de demitir e transferir trabalhadores para empresas do seu próprio grupo, com CNPJ diferente, retirando-os por meio de fraude da categoria bancária, o que corta direitos e reduz a remuneração, deveria contratar mais bancários para atender a população, reduzir a sobrecarga e combater o adoecimento dos bancários que trabalham na rede de agências”, enfatiza o dirigente do Sindicato e bancário do Santander Anderson Pirota.

“Esta unidade de São Mateus é um exemplo, uma prova, de que o foco para a melhoria do atendimento não deve ser a chamada multicanalidade, que retira trabalhadores das agências e precariza as condições de trabalho, e sim a contratação de mais bancários”, acrescenta Marcelo Sá, também dirigente do Sindicato e bancário do Santander.

Multicanalidade

Por meio do processo batizado pelo Santander de multicanalidade, o banco vem retirando os gerentes Van Gogh e gerentes de empresa das agências, fazendo com que estes trabalhadores trabalhem em ambiente externo, sem condições de trabalho adequadas e expostos à insegurança das ruas para conquistar novos clientes.

Além disso, os trabalhadores que ficam nas agências precisam atender a todos os segmentos, sobrecarregados e sem o entendimento necessários sobre as funções desempenhadas pelos gerentes transferidos.

Fraude na contratação de bancários

O Santander está transferindo funcionários do banco para outras empresas do mesmo conglomerado, cada uma com um CNPJ diferente e vinculada a um sindicato distinto. É uma forma encontrada pela instituição financeira para fragmentar seus trabalhadores – enfraquecendo a representação sindical – e reduzir direitos e remuneração.

O Santander está promovendo este processo desde o segundo semestre de 2021. E utiliza, para isto, empresas criadas para este fim, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e SX Tools.

Os últimos bancários impactados pela fraude cometida de forma recorrente pelo Santander foram os trabalhadores da área de consignado, comunicados na última terça-feira, 30 de abril, que serão transferidos para a SX Tools, empresa do grupo espanhol. Permanecerão, contudo, lotados no mesmo local de trabalho, o Radar, desempenhando as mesmas funções, mas não mais pertencerão à categoria bancária.

“Intensificaremos cada vez mais os protestos e denúncias contra a fraude na contratação e representação sindical pelo Santander, e também contra os prejuízos e condições de trabalho inadequadas decorrentes da multicanalidade. O Santander tem a obrigação de respeitar os bancários brasileiros e a população do país, que merece um bom atendimento”, conclui Anderson Pirota.

O Sindicato está ao seu lado

A Secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindicato está à disposição dos trabalhadores das empresas terceirizadas do Santander para análise e encaminhamento de ação jurídica contra fraudes na contratação.

Por meio do seu Canal de Denúncias, a entidade permanece à disposição para denúncias sobre as condições de trabalho, assédio e outras irregularidades em todas as empresas do grupo econômico do Santander.

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