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Call center em debate com bancos

Linha fina
Persiste impasse na internalização de serviços bancários pelas instituições financeiras
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São Paulo - A retomada da mesa temática sobre terceirização cuja discussão central é a situação dos funcionários de call center foi marcada por longo debate entre os representantes dos trabalhadores e da federação dos bancos (Fenaban).

Segunda a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, que participou da negociação nesta terça-feira 19, a posição dos dirigentes sindicais era iniciar os debates sobre a internalização desse serviço pelos bancos a partir de acordos específicos firmados já há alguns anos com algumas instituições financeiras. “São acordos que garantem o piso da categoria, diversos direitos, além de resolver questões essenciais para os funcionários de call center como a divulgação antecipada da escala e as folgas”, explica.

Segundo a dirigente sindical, os representantes da Fenaban se limitaram a propor a adoção de um piso diferenciado para quem trabalha em call center, além de dizer que as empresas estariam livres para internalizar o serviço por um período, podendo voltar a terceirizá-lo. “São pontos com os quais não concordamos. Não abrimos mão do piso da categoria. E a possibilidade de internalizar e depois voltar a terceirizar – além de legalizar a terceirização que não aceitamos – tiraria toda a tranqüilidade dos empregados, deixando-os mais vulneráveis a ameaças das empresas. Reivindicamos construir um acordo que beneficie os funcionários, por meio de remuneração e jornada de trabalho mais justas”, afirma.

Segundo Raquel, o assunto não está encerrado e deve ser retomado após o término das negociações da Campanha Nacional Unificada 2012.

Outros temas – As demais mesas temáticas já têm datas definidas para ocorrer: no dia 26 de junho o debate é sobre saúde, dia 28, segurança bancária e em 3 de julho, igualdade de oportunidades.


Jair Rosa - 19/6/2012
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