Brasília – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quinta-feira 27 por unanimidade a chamada PEC do Trabalho Escravo (PEC 57-A/1999). O texto, que há 14 anos tramita no Congresso – permite a expropriação de terras onde houver exploração de trabalhadores para serem destinadas à reforma agrária ou a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário.
Sob o argumento de que antes de votar a proposta o Congresso precisa definir o que é trabalho escravo, um grupo de senadores, tentou impedir a votação, que foi possível depois de um acordo proposto pelo presidente da CCJ, Vital do Rêgo (PMDB -PB). O acerto prevê que antes de seguir para a votação em dois turnos no plenário da Casa, uma Comissão Especial Mista de senadores e deputados vai simultaneamente trabalhar na regulamentação desse tipo de crime.
Para dar celeridade à tramitação, o presidente da CCJ vai definir o prazo para o trabalho da comissão mista com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN). A expectativa é que a PEC do Trabalho Escravo esteja pronta para votação no plenário do Senado em agosto.
Karine Melo, da Agência Brasil, com edição da Redação - 27/6/2013
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Também ficou decidido que será criada uma outra comissão, mista, para regulamentação do que pode ser considerado crime
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