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Terceirizado tinha de ficar quase pelado em revista

Linha fina
Sorteado entre conferentes que prestavam serviços para Bradesco e HSBC era obrigado a ficar em roupas íntimas na frente de todo mundo
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São Paulo - Terceirização rima com precarização não apenas nas palavras. Que diga o funcionário de uma empresa prestadora de serviços para o Bradesco e HSBC. O conferente de numerários era obrigado a ficar quase pelado durante revista ao final do expediente.

O empregado, da Digipro Processamento de Documentos e Valores, explicou que executava serviços de conferência de dinheiro dos malotes e das remessas provenientes dos caixas-eletrônicos dos dois bancos. Segundo ele, ao fim do dia os conferentes eram submetidos a sorteio em que o "contemplado" era obrigado a se sujeitar à revista na qual tinha de ficar com trajes íntimos na presença do responsável e demais colegas.

Em primeira instância, a 4ª Vara do Trabalho de São Paulo determinou indenização de R$ 50 mil. O valor caiu para R$ 10 mil no Tribunal Regional do Trabalho e voltou a ser estipulado nos R$ 50 mil pela Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O TST considerou que o comportamento violou a intimidade e a honra do trabalhador, além de, implicitamente, considerá-los suspeitos de furto nos dias em que se constavam as diferenças nos malotes.

Os julgadores concordaram, também, que as condições financeiras das empresas envolvidas possibilitavam a adoção de outros meios de controle e vigilância que permitissem o acompanhamento das atividades sem sujeição dos empregados à situação vexatória. A decisão foi unânime.


Redação - 24/6/2013

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