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Justiça para Guilherme: Sindicato repudia ato de PM após morte de jovem negro

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Justiça para Guilherme: Sindicato repudia ato de PM após morte de jovem negro

A defesa dos direitos humanos e o combate ao racismo são pilares da centenária história do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Dessa forma, a entidade não poderia deixar de manifestar o seu repúdio ao assassinato de Guilherme Dias Santos Ferreira, jovem negro trabalhador vitimado por um policial militar com um tiro na cabeça enquanto corria para pegar o ônibus.

O crime ocorreu no dia 4 de julho, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo. Guilherme era marceneiro, casado, saiu do trabalho às 22h28 e foi morto sete minutos depois. O tiro pelas costas foi disparado "por engano", segundo a Polícia Militar comandada pelo governador Tarcísio de Freitas, que desde o início de sua gestão acumula casos de racismo e desrespeito aos direitos humanos.

O autor dos disparos é o policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida. Ele foi preso em flagrante por homicídio culposo e liberado após pagar fiança de R$ 6,5 mil. As investigações seguem no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

"O racismo institucionalizado não pode ser tolerado em nossa sociedade. Por que os tiros 'por engano' sempre miram a população negra? Precisamos cobrar o governador Tarcísio e o comando da PM pela devida punição do policial responsável. Mais do que isso, é urgente romper com o racismo estrutural que ainda corrompe a formação e a gestão das nossas policias", ressalta Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Ministério cobra apuração

Na quarta-feira (9), o Ministério dos Direitos Humanos manifestou solidariedade aos amigos e familiares de Guilherme por meio de nota. Junto a isso, o órgão cobrou rigidez na apuração do caso.

"O MDHC exige uma apuração rigorosa, célere e transparente do caso, com a imediata responsabilização de todos os envolvidos. A justiça para Guilherme Dias e sua família é um passo fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, onde a cor da pele não defina o risco de morte", declarou o ministério.

Em outro trecho da nota, o MDHC reforçou a "necessidade inadiável da adoção de uma formação contínua em direitos humanos pelos órgãos policiais". Segundo o Ministério, essa formação deve incluir uma educação antirracista e de combate ao racismo institucional.

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