São Paulo - O 25º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou neste domingo 8, em São Paulo, ao final de três dias de discussões, a pauta de reivindicações específicas para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Participaram do encontro, realizado no Hotel Holiday Inn, 306 delegados de todo o país, dos quais 216 homens e 90 mulheres.
Além das reivindicações, o congresso referendou o nome de Wagner Nascimento como novo coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários, substituindo William Mendes, eleito diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi. "A escolha do Wagner é importante para mantermos a unidade de luta de toda a categoria", diz Ernesto Izumi, diretor executivo do Sindicato e funcionário do BB.
"O Congresso foi muito produtivo nos debates e conseguiu construir o maior número de propostas por consenso dos últimos anos em torno dos quatro eixos debatidos, que são remuneração e condições de trabalho, saúde e previdência, organização do movimento e Banco do Brasil e o Sistema Financeiro Nacional", avaliou Wagner Nacimento.
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Dentre as principais reivindicações aprovadas destacam-se a intensificação da luta pelo PCR, mais contratações e melhores condições de trabalho, sem assédio moral.
O PCR deve valorizar o funcionalismo, estipulando como piso o salário mínimo do Dieese e o interstício na tabela de antiguidade de 6%, valor maior das letras de mérito e com tempo menor para adquirir os méritos (um ano e meio por letra).
Os temas Saúde e previdência trouxeram consenso entre as diversas forças do movimento. Em relação à Cassi, os delegados aprovaram a defesa do princípio da solidariedade e prioridade na prevenção e qualidade de vida, em vez do modelo curativo.
Também aprovaram o fortalecimento do programa Estratégia de Saúde da Família e a Cassi para todos, sem discriminação dos trabalhadores oriundos dos bancos incorporados.
Sobre a Previ, o 25º Congresso reiterou a campanha pelo fim do voto de minerva no Conselho Deliberativo, volta da consulta ao corpo social, eleição do diretor de Participações e redução da Parcela Previ, além de exigir que a direção do Banco do Brasil acate a adesão dos funcionários incorporados.
Sistema financeiro - Com dados trazidos pelo Dieese e pelo Caref Rafael Matos, os delegados fizeram um amplo debate sobre a importância do fortalecimento do BB como banco público voltado para o financiamento da produção e do desenvolvimento econômico e social do país.
Defenderam ainda a internacionalização do BB e a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que trata do Sistema Financeiro Nacional.
Organização - Foi referendada também a estratégia de Campanha Nacional Unificada, com negociação única na Fenaban e mesas concomitantes para discutir questões específicas do BB, além do modelo construído pela categoria de comissões de empregados que assessoram nas negociações.
Também foram aprovados o fortalecimento dos fóruns da categoria (sindicatos, federações, Contraf-CUT, Comissão de Empresa e Comando Nacional dos Bancários), e a mobilização e unidade nacional da categoria.
Apoio à Dilma - O 25º Congresso também aprovou resolução de apoio à reeleição da presidenta Dilma Roussef, por avaliar que ela representa a melhor opção para os trabalhadores dentre os dois projetos que estarão em disputa na eleição de outubro.
O outro é visto como retorno ao governo das forças conservadoras e neoliberais, as mesmas que na década de 1990 privatizaram empresas públicas, retiraram direitos, congelaram salários e fizeram demissões em massa no BB e na Caixa, enfraquecendo seu papel de bancos públicos voltados para o fomento do desenvolvimento econômico e social.
Além do apoio, os bancários vão cobrar da presidenta Dilma que mude a gestão do Banco do Brasil, hoje voltado para o mercado tal qual o Itaú e o Bradesco, distante do seu papel de banco público, e fortaleça o seu papel de banco público. Também vão exigir da presidenta que o BB melhore as condições de trabalho e respeite mais seus trabalhadores.
Liberdade sindical nos EUA - O 25º Congresso aprovou ainda uma moção para que o BB assine acordo de neutralidade que permita a seus funcionários nos Estados Unidos o início de processo de organização sindical e de sindicalização.
Os bancários norte-americanos não possuem sindicato e a Contraf-CUT está trabalhando em parceria com a central sindical CWA, do setor de serviços e telecomunicações, para que os funcionários do BB criem a sua entidade sindical naquele país.
Metroviários - Ainda no Congresso, foi aprovada moção de apoio aos metroviários de São Paulo em greve por melhores salários e condições de trabalho.
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Rede de Comunicação dos Bancários, com edição da Redação - 9/6/2014
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Dentre as principais reivindicações destacam-se a intensificação da luta pelo PCR, contratações e melhores condições de trabalho, prevenção de doenças, fim do assédio moral e Cassi e Previ para todos
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