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São Paulo – O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirmou, em nota, que a nomeação de Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central denota conflito de interesses. Ao menos até ser convidado para o cargo pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Ilan era sócio e economista-chefe do Itaú. De acordo com a assessoria do banco, ao ser indicado o economista se demitiu e vendeu sua participação acionária.
Para Daro Piffer, presidente do Sinal, a indicação de Ilan é diferente dos casos de Armínio Fraga e Henrique Meirelles, já totalmente desvinculados de bancos quando convidados para assumir a presidência do BC, órgão responsável justamente pela fiscalização de instituições financeiras e regulação do setor. “Temos certo receio. Já temos um sistema financeiro altamente benéfico aos bancos. Estão entre as empresas com maiores lucros no país.”
Além do presidente do Sinal, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) vê conflito de interesses na nomeação de Ilan. Segundo o parlamentar, mesmo com a demissão e a venda das ações, o economista ainda mantém ligação com o Itaú e, como presidente do BC, terá acesso a informações “sensíveis e sigilosas” sobre concorrentes do banco.
Sindicato – A secretária-geral do Sindicato e funcionária do Itaú, Ivone Maria da Silva, afirma que o movimento sindical bancário também vê com grande preocupação a nomeação de um banqueiro para o comando do BC.
“Colocar um representante do mercado financeiro como o regulador deste mesmo mercado é no mínimo imprudência. Mesmo que formalmente afastado do Itaú, o Ilan, por sua trajetória dentro da instituição, mantém fortes relações com o banco e com pessoas que o comandam. No Brasil, onde a concentração bancária é enorme e as instituições financeiras lucram demais com a elevada taxa de juros, esta indicação é muito preocupante”, enfatiza a dirigente sindical.
Na terça-feira 7, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sabatinou Ilan Goldfajn e aprovou, por 19 votos a favor e 8 contra, sua indicação para o comando do BC. O nome de Goldfajn será votado pelo plenário da casa e, se aprovado, a efetivação da sua nomeação só dependerá de decreto do presidente interino Michel Temer.
Leia mais
> Goldfajn defende aumento de déficit
Felipe Rousselet, com informações da BBC - 7/6/2016
Para Daro Piffer, presidente do Sinal, a indicação de Ilan é diferente dos casos de Armínio Fraga e Henrique Meirelles, já totalmente desvinculados de bancos quando convidados para assumir a presidência do BC, órgão responsável justamente pela fiscalização de instituições financeiras e regulação do setor. “Temos certo receio. Já temos um sistema financeiro altamente benéfico aos bancos. Estão entre as empresas com maiores lucros no país.”
Além do presidente do Sinal, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) vê conflito de interesses na nomeação de Ilan. Segundo o parlamentar, mesmo com a demissão e a venda das ações, o economista ainda mantém ligação com o Itaú e, como presidente do BC, terá acesso a informações “sensíveis e sigilosas” sobre concorrentes do banco.
Sindicato – A secretária-geral do Sindicato e funcionária do Itaú, Ivone Maria da Silva, afirma que o movimento sindical bancário também vê com grande preocupação a nomeação de um banqueiro para o comando do BC.
“Colocar um representante do mercado financeiro como o regulador deste mesmo mercado é no mínimo imprudência. Mesmo que formalmente afastado do Itaú, o Ilan, por sua trajetória dentro da instituição, mantém fortes relações com o banco e com pessoas que o comandam. No Brasil, onde a concentração bancária é enorme e as instituições financeiras lucram demais com a elevada taxa de juros, esta indicação é muito preocupante”, enfatiza a dirigente sindical.
Na terça-feira 7, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sabatinou Ilan Goldfajn e aprovou, por 19 votos a favor e 8 contra, sua indicação para o comando do BC. O nome de Goldfajn será votado pelo plenário da casa e, se aprovado, a efetivação da sua nomeação só dependerá de decreto do presidente interino Michel Temer.
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