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São Paulo - O 4º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos, que começa nesta quarta-feira 8 e vai até sexta 10, em São Paulo, contará com a presença de sete palestrantes estrangeiros. Os convidados, que vêm da Espanha, Chile, Paraguai, Guatemala e Argentina, vão contribuir com suas experiências relacionadas ao tema central do evento neste ano: "Memória, Verdade, Justiça e Reparação".
“São discussões interessantíssimas para todos que atuam nos âmbitos dos arquivos e direitos humanos”, destaca Antonio Jose Marques, coordenador do Centro de Documentação e Memória Sindical (Cedoc) da CUT. “Também queremos, com isso, mostrar que os trabalhadores devem organizar e manter os seus arquivos, preservar a sua memória e a sua história”.
Dos sete convidados internacionais, dois da Espanha. A conferência de abertura será feita pelo arquivista Ramon Alberch Fugueras, professor da Universidade Autônoma de Barcelona e especialista em arquivos, memória e direitos humanos. O objetivo, segundo Marques, é mostrar que a existência de arquivos organizados e acessíveis permite gerar políticas de reparação às vítimas dos regimes repressivos.
“Esta apresentação dará ênfase à necessidade de se elaborar políticas públicas para os arquivos dos direitos humanos e como o Estado deve potencializar instituições de memória”, explica. Por fim, adianta Marques, Fugueras fará uma reflexão sobre a legislação de arquivos e direitos humanos. “É necessário superar políticas governamentais que levam ao esquecimento e a impunidade”, ressalta Marques.
> Confira a programação completa
Rubén Vega Garcia é historiador e professor da Universidade de Oviedo. Foi diretor da entidade responsável pelos arquivos históricos da Comisiones Obreras, central sindical espanhola, na região de Asturias, Espanha. Ele abordará a ditadura de Franco (1939-1975), um regime estreitamente ligado aos interesses das oligarquias industrial, financeira e dos grandes proprietários de terras, e contra os interesses dos trabalhadores. Mostrará que na Espanha, a repressão atingiu principalmente as organizações dos trabalhadores, que foram a maioria dos presos, torturados e mortos.
Os outros cinco convidados internacionais são da América Latina e trarão experiências sobre a recuperação de arquivos, constituição de instituições de arquivos e memória, as experiências das Comissões da Verdade em seus países e o papel dos empresários no apoio as ditaduras.
María Luisa Ortiz Rojas, do Museu da Memória e dos Direitos Humanos do Chile, abordará como foi tratada as Comissões da Verdade em seu país e o tema arquivístico. Também fará uma reflexão sobre o acesso aos arquivos no processo de memória, verdade, justiça e reparação e participação do público.
Rosa Palau, do Centro de Documentação e Arquivo para a Defesa dos Direitos Humanos, abordará a ditadura no Paraguai e o chamado Arquivos do Terror. Segundo Marques, esses arquivos do terror provam as atrocidades e o controle do governo sobre a população, além de evidenciaram as políticas de cooperação entre as ditaduras do Cone Sul na repressão aos trabalhadores, e que ficou conhecida como Operação Condor.
Velia Muralles é arquivista do Arquivo Histórico da Polícia Nacional da Guatemala, país que passou por conflito e ditaduras (1960-1996), onde morreram mais de 200 mil pessoas. O Arquivo da Polícia Nacional, encontrado de modo fortuito, destaca Marques, comprova a participação do Estado na repressão e morte dos trabalhadores e da população em geral. “Agora, esses arquivos, organizados e acessíveis, trazem informações fundamentais para o exercício de direitos individuais e coletivos, principalmente a justiça e para recuperar a dignidade das vítimas, seu familiares e do povo da Guatemala”, detalha o coordenador do Cedoc.
> Veja todos os palestrantes do seminário
Por fim, o seminário contará com a participação de duas especialistas argentinas. Valéria Barbuto é diretora da Associação Memória Aberta, uma ação coordenada de entidade de direitos humanos. “O seu trabalho mostrará como o patrimônio documental é fundamental para a memória das lutas e resistência dos trabalhadores”, avalia Marques, destacando a necessidade de aprofundar ações de memória e direitos humanos com a participação de sindicatos, associações de trabalhadores.
Victoria Basualdo é uma historiadora internacionalmente reconhecida e que se dedica a pesquisar a ditadura argentina e a participação das empresas no apoio ao regime. Entre outras discussões ela mostrará o resultado de uma importante investigação sobre a responsabilidade empresarial em crimes de violações de direitos humanos e de repressão aos trabalhadores, uma discussão que começa a ser feita no Brasil.
Resumos - A Comissão Organizadora do 4º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos divulgou os resumos das conferências, palestras e das comunicações. No caderno de resumos das conferências e palestras constam 19 trabalhos que serão apresentados no seminário. O caderno de resumos (clique aqui) das sessões de comunicações é formado por 40 trabalhos e está dividido em quatro sessões temáticas.
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> Acesse o site do seminário
Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas - 7/6/2016
“São discussões interessantíssimas para todos que atuam nos âmbitos dos arquivos e direitos humanos”, destaca Antonio Jose Marques, coordenador do Centro de Documentação e Memória Sindical (Cedoc) da CUT. “Também queremos, com isso, mostrar que os trabalhadores devem organizar e manter os seus arquivos, preservar a sua memória e a sua história”.
Dos sete convidados internacionais, dois da Espanha. A conferência de abertura será feita pelo arquivista Ramon Alberch Fugueras, professor da Universidade Autônoma de Barcelona e especialista em arquivos, memória e direitos humanos. O objetivo, segundo Marques, é mostrar que a existência de arquivos organizados e acessíveis permite gerar políticas de reparação às vítimas dos regimes repressivos.
“Esta apresentação dará ênfase à necessidade de se elaborar políticas públicas para os arquivos dos direitos humanos e como o Estado deve potencializar instituições de memória”, explica. Por fim, adianta Marques, Fugueras fará uma reflexão sobre a legislação de arquivos e direitos humanos. “É necessário superar políticas governamentais que levam ao esquecimento e a impunidade”, ressalta Marques.
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Rubén Vega Garcia é historiador e professor da Universidade de Oviedo. Foi diretor da entidade responsável pelos arquivos históricos da Comisiones Obreras, central sindical espanhola, na região de Asturias, Espanha. Ele abordará a ditadura de Franco (1939-1975), um regime estreitamente ligado aos interesses das oligarquias industrial, financeira e dos grandes proprietários de terras, e contra os interesses dos trabalhadores. Mostrará que na Espanha, a repressão atingiu principalmente as organizações dos trabalhadores, que foram a maioria dos presos, torturados e mortos.
Os outros cinco convidados internacionais são da América Latina e trarão experiências sobre a recuperação de arquivos, constituição de instituições de arquivos e memória, as experiências das Comissões da Verdade em seus países e o papel dos empresários no apoio as ditaduras.
María Luisa Ortiz Rojas, do Museu da Memória e dos Direitos Humanos do Chile, abordará como foi tratada as Comissões da Verdade em seu país e o tema arquivístico. Também fará uma reflexão sobre o acesso aos arquivos no processo de memória, verdade, justiça e reparação e participação do público.
Rosa Palau, do Centro de Documentação e Arquivo para a Defesa dos Direitos Humanos, abordará a ditadura no Paraguai e o chamado Arquivos do Terror. Segundo Marques, esses arquivos do terror provam as atrocidades e o controle do governo sobre a população, além de evidenciaram as políticas de cooperação entre as ditaduras do Cone Sul na repressão aos trabalhadores, e que ficou conhecida como Operação Condor.
Velia Muralles é arquivista do Arquivo Histórico da Polícia Nacional da Guatemala, país que passou por conflito e ditaduras (1960-1996), onde morreram mais de 200 mil pessoas. O Arquivo da Polícia Nacional, encontrado de modo fortuito, destaca Marques, comprova a participação do Estado na repressão e morte dos trabalhadores e da população em geral. “Agora, esses arquivos, organizados e acessíveis, trazem informações fundamentais para o exercício de direitos individuais e coletivos, principalmente a justiça e para recuperar a dignidade das vítimas, seu familiares e do povo da Guatemala”, detalha o coordenador do Cedoc.
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Por fim, o seminário contará com a participação de duas especialistas argentinas. Valéria Barbuto é diretora da Associação Memória Aberta, uma ação coordenada de entidade de direitos humanos. “O seu trabalho mostrará como o patrimônio documental é fundamental para a memória das lutas e resistência dos trabalhadores”, avalia Marques, destacando a necessidade de aprofundar ações de memória e direitos humanos com a participação de sindicatos, associações de trabalhadores.
Victoria Basualdo é uma historiadora internacionalmente reconhecida e que se dedica a pesquisar a ditadura argentina e a participação das empresas no apoio ao regime. Entre outras discussões ela mostrará o resultado de uma importante investigação sobre a responsabilidade empresarial em crimes de violações de direitos humanos e de repressão aos trabalhadores, uma discussão que começa a ser feita no Brasil.
Resumos - A Comissão Organizadora do 4º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos divulgou os resumos das conferências, palestras e das comunicações. No caderno de resumos das conferências e palestras constam 19 trabalhos que serão apresentados no seminário. O caderno de resumos (clique aqui) das sessões de comunicações é formado por 40 trabalhos e está dividido em quatro sessões temáticas.
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Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas - 7/6/2016