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O movimento sindical enviou ofício ao presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, na quarta-feira 28, reafirmando a participação dos bancários da instituição na greve geral de sexta-feira 30. No documento, assinado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e Contraf-CUT, os trabalhadores também cobram o banco sobre a retaliação sofrida após a última greve geral, em 28 de abril, e destacam que a luta por nenhum direito a menos e em defesa da Caixa e dos bancos públicos vai continuar.
“O objetivo é deixar claro que nós não vamos nos intimidar diante da postura da direção da Caixa”, afirma o coordenador da CEE e diretor executivo do Sindicato, Dionísio Reis, referindo-se à punição aos bancários que aderiram à greve com desconto nos salários e identificação de suas ausências como ‘falta injustificável’, que leva a reflexos negativos na carreira.
“Nossa luta é para defender nossos empregos, para defender o caráter público do banco, que tem um papel importante para o país. É para manter os direitos trabalhistas que levamos décadas para conquistar, e para manter os direitos específicos dos empregados da Caixa, que estão ameaçados pelo governo ilegítimo de Temer. Portanto, não vamos deixar de lutar e vamos fazer greve na sexta 30”, reforça Dionísio.
Na Justiça
Diante da postura intransigente da Caixa, que manteve o desconto e a ‘falta injustificada’ e se recusou a abrir canal de negociação, o Sindicato apelou para a Justiça. Nesta quarta 28, a Sessão de Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ao julgar mandado de segurança impetrado pelo Sindicato, entendeu que a decisão deve ser prerrogativa da 1ª instância da Justiça do Trabalho.
Assim, a SDI-1 determinou que deve prevalecer a decisão da juíza Isabel Cristina Gomes, da 16ª Vara do Trabalho de São Paulo, que havia indeferido o pedido de liminar do Sindicato contra o desconto promovido pelo banco. O Jurídico do Sindicato vai apelar da decisão à instância máxima da Justiça Trabalhista, o Tribunal Superior do Trabalho.
Apesar de a liminar contra o desconto ter caído, a Ação Civil Pública de autoria do Sindicato continua esperando pela decisão da juíza da 16ª Vara, Isabel Cristina Gomes.
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