São Paulo - Nos dias 30 de junho, 1º e 2 de julho os funcionários do Banco do Brasil se reunirão no seu 28º Congresso Nacional. Uma das principais pautas do encontro são as estratégias para barrar o desmonte da instituição e a redução do seu papel social como banco público, promovidos pelo governo Temer.
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“O BB passa por um processo de 'reestruturação', um nome mais bonito para desmonte. A atual direção já eliminou 9,4 mil postos de trabalho e está fechando mais de 400 agências em todo o país. Além disso, rebaixa cargos, sem incorporação de função. Esta gestão, sob ordens de Temer, não prejudica somente bancários e clientes, mas também toda a população com a redução do papel da instituição como banco público”, critica o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga.
“O governo federal está asfixiando linhas de crédito mais baratas, principalmente aquelas que atendem o micro e pequeno empresário, como o Projer Urbano e o Capital de Giro, que tiveram recursos esgotados, impossibilitando novos contratos. O próprio banco enviou comunicado aos gerentes alertando-os sobre a situação. Além disso, o BB está fechando agências PJ. Essas políticas colaboram para a atual crise econômica e provocam o aumento do já elevado índice de desemprego no país. Ao contrário do que aconteceu na crise internacional de 2008, quando o BB teve papel fundamental com políticas anticíclicas, barateando o crédito. Na época, em que de fato exercia seu papel social, o banco possuía uma das menores taxas de inadimplência do mercado”, acrescenta.
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João Fukunaga reforça que, ao reduzir o papel social do BB, o governo Temer prejudica a imagem da instituição junto à população. “A sociedade não vai defender o banco público se não tiver ideia clara de qual seu papel na oferta de crédito mais barato, em obras de infraestrutura e na operação de programas sociais. A partir do momento em que o BB reduz esse papel, reduz também as razões para a população defendê-lo como seu patrimônio. É um tipo de estratégia de sucateamento estrutural e de imagem que pode levar a privatização.”
Frente Parlamentar – Durante o 28º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil será lançada em São Paulo a Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, que tem como objetivo desenvolver uma grande campanha em defesa de instituições como Banco do Brasil, Caixa, BNDES e bancos regionais, com ações concretas em defesa dessas empresas e do Estado brasileiro.
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“É fundamental que todos os funcionários do BB, junto aos seus sindicatos e entidades representativas, defendam a instituição como banco público. São nossos empregos e direitos que estão em jogo”, conclui João.