São Paulo – A gestão temerária do Santander no mundo pode estar se voltando agora contra alguns de seus principais executivos. Na segunda-feira 12, sete ex-diretores da instituição espanhola deverão prestar depoimento à Justiça espanhola.
O juiz José de la Mata, da Audiência Nacional, alto tribunal especializado em casos complexos, também ouvirá três ex-diretores da sucursal na Espanha do francês BNP Paribas por acusações de corrupção, segundo os autos do processo. A maioria dos investigados atuava na área prevenção de lavagem de dinheiro em seus bancos.
As investigações tiveram início em 2011, após a divulgação da lista de contas do HSBC suíço na qual figurava também Emilio Botín, presidente do Santander falecido em setembro de 2014. Os documentos foram gravados entre 2005 e 2007 por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC em Genebra, e entregues à Fazenda francesa em 2009.
A chamada “lista Falciani” enumera contas de supostos sonegadores em países como França, Bélgica, Espanha e Argentina. Os dados dão conta da maior checagem bancária de todos os tempos, trazendo à luz cerca de 30 mil contas, num valor total de 102 milhões de dólares (segundo informações do Europa Press).
Santander – O banco defendeu em comunicado suas atividades, alegando que “cumpriu escrupulosamente a normativa e os padrões aplicáveis o tempo todo”. Afirma estar “colaborando com a Justiça” para que “fique claro o quanto antes que atuou corretamente”.