São Paulo – Os ‘custos’ parecem ser mais importantes que os trabalhadores para os gestores do Centro de Tecnologia do Itaú. Com a desculpa de reduzir gastos no setor, o banco demitiu 32 funcionários na quarta-feira 14 e pretende dispensar mais 80 até o fim do mês. Cobrando diálogo e a realocação dos bancários, o Sindicato interrompeu o funcionamento do CT durante toda a terça-feira 20.
O Itaú tem demitido trabalhadores e contratado outros com salários menores. Entre os dispensados estão bancários com alta performance e até mesmo os ‘Prad’, premiados como os melhores da Diretoria de Operações e Tecnologia (DOT).
“Outros trabalhadores adoecidos, com síndrome do pânico, depressão, também foram mandados embora. Então, nem a saúde dos bancários a empresa respeita mais”, critica a dirigente sindical e funcionária do Itaú Valeska Pincovai.
O lucro crescente do banco (19,6% de aumento, atingindo R$ 6,176 bilhões no primeiro trimestre) não justificaria as demissões, visto que a empresa poderia estar ajudando a amenizar a crise e o desemprego.
“Nossa paralisação aqui será durante o dia inteiro, até que o banco nos receba e seja justo com os trabalhadores, realocando-os para outras áreas. Responsabilidade social é bonita na propaganda, mas também precisa ser colocada em prática, e o Itaú tem essa oportunidade com esses trabalhadores e os ameaçados de perder o emprego”, finaliza a dirigente.