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Chapéu
São Paulo

Usuários de drogas retornam para Cracolândia

Linha fina
Eles estavam concentrados na Praça Princesa Isabel e se deslocaram para a esquina da Rua Helvetia, próximo a Estação Júlio Prestes
Imagem Destaque
Foto: Allan White / Fotos Publicas

São Paulo - Os usuários de drogas que estavam concentrados na Praça Princesa Isabel, na região central de São Paulo, se deslocaram para a esquina da Rua Helvetia, próximo a Estação Júlio Prestes. O novo local ocupado pelas pessoas em situação de rua está a cerca de 500 metros da Cracolândia, e ocorreu durante a noite de quarta 21, exatamente um mês após a mega operação policial ter destruído as barracas improvisadas do chamado fluxo e prendeu pessoas acusadas de tráfico. O local atual é quase o mesmo do ponto à época da ação, com a diferença que os consumidores de crack estão agora em uma pequena praça e nas calçadas, deixando o asfalto livre.

A movimentação dessa vez foi uma iniciativa dos próprios usuários e foi acompanhada pela polícia. No mês passado, logo após a operação policial, houve uma dispersão da população da Cracolândia pela cidade. A Guarda Civil Metropolitana contabilizou, uma semana depois, a criação de 22 pontos de concentração desses moradores na região central da capital paulista. Porém, ao longo dos dias, a Praça Princesa Isabel se consolidou como maior aglomeração.

Há menos de duas semanas, no dia 11 de junho, foi feita outra operação, dessa vez na própria praça, que destruiu as barracas improvisadas e prendeu dois homens acusados de tráfico de drogas. A prefeitura e o governo estadual justificaram a ação afirmando que as tendas eram usadas para o comércio ilegal de crack e outras substâncias.

Prisão de educadora - Na tarde de quarta 21, trabalhadores dos serviços de atendimento social fizeram um protesto contra prisão de uma orientadora socioeducativa que trabalhava na Cracolândia. Ela foi levada pela Polícia Militar para o 77º Departamento de Polícia e liberada no mesmo dia. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não deu informações sobre a detenção da profissional. 

O Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo divulgou uma nota de repúdio contra a detenção da educadora, que atuava no serviço de assistência social à pessoas em situação de rua, usuárias de crack e outras drogas.

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