O presidente da Petrobras, Pedro Parente, deixou o comando da empresa nesta sexta-feira 1º, exatamente dois anos após sua posse em 2016. Reportagem da RBA destaca que a Petrobras informou que o conselho de administração da empresa vai se reunir ainda nesta sexta-feira hoje para nomear um presidente interino.
O desligamento vem após inúmeras críticas vindas de diversos setores da sociedade em relação à política de preços da Petrobras, principal causa da greve dos caminhoneiros que causou crise de abastecimento em todo o país. Na quarta-feira 3, manifestações pediam a redução dos preços dos combustíveis e a saída de Parente. Petroleiros também realizaram greve de advertência exigindo sua exoneração.
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Vitória dos trabalhadores
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) destaca que a saída de Pedro Parente ocorre um dia após a greve dos petroleiros, que sofreu perseguição do governo ilegítimo de Michel Temer e teve de ser suspensa devido à multa milionária imposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Para a CUT, é uma vitória da categoria que denunciou à sociedade brasileira a absurda política de reajustes nos preços dos combustíveis e gás de cozinha alinhados ao mercado internacional.
"As manifestações dos caminhoneiros e dos petroleiros conseguiram mudar a fama de bom gestor de Parente. Ele foi causador do segundo apagão energético do nosso País [no governo de FHC], que prejudicou imensamente a população brasileira, e agora sua política entreguista, de só olhar o mercado financeiro, causou uma crise de desabastecimento, além do desmonte de uma empresa que é patrimônio do povo brasileiro”, disse o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
Ao desmascarar os interesses privados e internacionais que passaram a pautar a gestão da Petrobras, os petroleiros, mobilizados em praticamente todas as refinarias, terminais e plataformas, já haviam conseguido a renúncia do representante da Shell colocado no Conselho de Administração da Petrobras.