O mercado formal de trabalho praticamente não saiu do lugar em maio, com saldo de 32.140 vagas (0,08%), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (27) pelo Ministério da Economia. O resultado não foi negativo por causa do setor de agropecuária, que tem comportamento sazonal e abriu 37.373 postos de trabalho com carteira no mês passado. Indústria (-6.136) e comércio (-11.305, quase todos na área do varejo) eliminaram vagas, enquanto o setor de serviços ficou estável. O saldo foi menor que o de maio nos últimos dois anos.
Os dados mostram que novidades introduzidas pela “reforma” trabalhista influenciam mais no sentido de fechar vagas do que criá-las, objetivo manifesto do projeto governista, que chama o processo de “modernização”. Foram 19.080 desligamentos por “acordo” em maio, ante saldos de 7.559 vagas de trabalho intermitente e 1.377 de trabalho parcial.
O estoque de empregos formais atingiu 38,761 milhões, praticamente no mesmo nível de 2016 (38,783 milhões). Em maio de 2014, somava 40,941 milhões.
O saldo no ano é de 351.063 vagas formais (crescimento de 0,91% no estoque), principalmente pelo comportamento do setor de serviços (224.271). Isso também acontece no período de 12 meses, com 474.299 (1,24%) de saldo total, sendo 358.750 apenas em serviços.
Mais uma vez, o salário de quem é demitido (R$ 1.745,34) supera o dos contratados (R$ 1.586,17).