Razões não faltam para a forte greve geral desta sexta-feira, 14 de junho. Por isso que, em assembleia lotada, na noite de terça-feira 11, na Quadra dos Bancários, os trabalhadores de bancos públicos e privados de São Paulo, Osasco e região – base do Sindicato – decidiram, por unanimidade, juntar-se a categorias como motoristas, metroviários, ferroviários, professores, metalúrgicos, químicos, servidores públicos e outras mais, e aderir à paralisação nacional.
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A mobilização, chamada por todas as centrais sindicais, pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e por movimentos sociais, é contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PEC 6/2019), que acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros, por empregos, em defesa da soberania nacional, contra as privatizações, em defesa dos bancos públicos e da democracia brasileira.
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"O governo e os grandes veículos de comunicação ficam o tempo todo repetindo que essa proposta de reforma tem de ser aprovada porque senão o Brasil vai quebrar. O que eles não dizem é que ela coloca a conta do suposto ‘déficit’ da Previdência nas costas do trabalhador e dos mais pobres. Eles vão manter privilégios, e ao mesmo tempo vão fazer com que os trabalhadores morram antes de se aposentar. Quando poderiam resolver as contas da Previdência Social por outros meios, como o combate à sonegação ou uma reforma tributária progressiva na qual os ricos pagassem mais impostos”, afirma a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
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Ela destaca outros motivos para a greve: “O número de desempregados chegou a 13,2 milhões [1º trimestre]. Temos ainda 5 milhões de desalentados [quem desistiu de procurar emprego] e 28,4 milhões de subutilizados [que trabalham menos tempo do que gostariam]. E a informalidade avança no mercado pós-reforma trabalhista. Quem nesse país vai conseguir alcançar os 20 anos de contribuição que a PEC 6/2019 determina como necessários para a aposentadoria? E os 40 anos de contribuição para se aposentar com o benefício integral? É impossível!”, questiona Ivone.
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