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Chapéu
Direito de todas

Programa em São Paulo visa combater pobreza menstrual nas escolas

Imagem Destaque
Freepik

Pelo menos 5 mil escolas do estado de São Paulo receberão R$ 30 milhões para o Programa Dignidade Íntima, que tem como objetivo combater a pobreza menstrual.

A informação foi divulgada na segunda-feira 14, e deverá beneficiar 1,3 milhão de meninas. Além da aquisição e distribuição de produtos, o programa fará também a formação com todos os integrantes da escola, distribuirá material informativo e criará uma rede de apoio nas escolas para as estudantes.

Desde 2014, a ONU reconhece o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos, e estima que uma em cada dez meninas perdem aula quando estão menstruadas - 12% das meninas em todo o mundo vivem em situação de pobreza menstrual e chegam a faltar até 45 dias na escola por falta de absorventes.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que está em campanha de arrecadação de absorventes para as mulheres em situação de precarização e defende a distribuição gratuita de absorventes nos postos de saúde, recebe com muito entusiasmo essa notícia. Fruto da mobilização de movimentos sociais e feministas, é um avanço significativo para essa luta.

"Sabemos do problema existente com as meninas, mas também há cerca de 30% das mulheres no Brasil, dentre elas homens trans, pessoas não binárias e intersexuais em diversas idades e condições econômicas que menstruam, mas não têm acesso a absorventes ou por que não têm dinheiro ou por que não são vendidos perto de casa. E sem ter como se protegerem de situações desagradáveis no período menstrual, deixam de trabalhar ou usam métodos inseguros para a saúde delas",

Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Campanha Dignidade é um direito de todas

Em março de 2021, o Sindicato, por meio do Coletivo de Gênero, lançou a campanha Dignidade menstrual é um direito,  que tem como objetivos arrecadar absorventes para as mulheres em situação de vulnerabilidade, alertar sobre a situação da pobreza menstrual existente no Brasil e pressionar os governos a desenvolverem políticas públicas que possam atender essa parcela da população.

Uma das primeiras ações da campanha foi a arrecadação de 400 pacotes de absorventes, que já foram entregues para mulheres indígenas das tribos Tapemirim e Tenodé Porã, localizadas na Barragem, extremo-sul de São Paulo.

As doações podem serem entregues na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192- Sé), centro de São Paulo, ou, se preferir, através de uma vaquinha on line, clicando aqui.

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