A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Região, Ivone Silva, e a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, entregaram agora a pouco ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ofício solicitando que os bancários sejam incluídos como grupo prioritário na vacinação contra a Covid-19.
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Na reunião, que também contou com representantes da Fenaban (federação dos bancos), o ministro se comprometeu a levar a reivindicação à equipe técnica do PNI (Plano Nacional de Imunizações).
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“Foi uma reunião muito boa com o ministro. Pudemos mostrar para ele que a categoria bancária se notabiliza pela grande exposição aos riscos de contágio nas agências e que já foram registrados inúmeros casos de adoecimento, de afastamento do trabalho, internações hospitalares e de óbitos na categoria e, além disso, os bancários podem, sem saber, transmitir o vírus para os clientes que necessitam do serviço e para seus familiares”, avaliou a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
A média de desligamentos por morte na categoria bancária saltou de 18,3 óbitos/mês no primeiro trimestre de 2020 para 50,6 óbitos/mês no primeiro trimestre de 2021, crescimento de 176,4%. Os dados são de levantamento feito pelo Dieese a partir do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que não especifica as causas das mortes. Mesmo assim, é possível deduzir que esse aumento está relacionado com os óbitos de bancários por Covid-19.
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O levantamento do Dieese aponta também que, entre abril de 2020 a março de 2021, ocorreu o falecimento de 418 trabalhadores da categoria, sendo que 69,8% deles de três ocupações que, em sua maioria, tinham de trabalhar presencialmente: escriturário, caixa e gerente de conta.
A situação é semelhante aos empregados da segurança privada nos bancos, com destaque aos envolvidos no transporte de valores em veículos blindados, e também aos trabalhadores das redes de farmácias que aplicam os testes rápidos de Covid-19, os servidores de cemitérios, servidores da limpeza urbana, dentre outras categorias.
Leia a íntegra do ofício entregue ao ministro e o relatório médico do Dr. Albucacis de Castro Pereira, no qual é explicado que a “característica física do ambiente de trabalho propicia a maior concentração do vírus e o evidente contágio e, devido aos necessários cuidados com a segurança, as agências bancárias são fechadas e não oferecem ventilação e nem circulação natural de ar.” E que “estudos científicos demonstram que um indivíduo adulto, em atividade laboral leve, com jornada de 8 horas, inspira e, portanto, exala, cerca de 4.400 litros de ar (147 inspirações/minuto, 600/700 ml por inspiração x 60 minutos x 8h) com variações de acordo com o esforço físico. Nestas condições, independentemente da fala, tosse ou espirro, a emissão de aerossóis se propaga em suspensão por horas no ambiente, aumentando drasticamente as possibilidades de contágio.”
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