A vacinação contra a covid-19 no Brasil começou em 17 de janeiro. Passadas as primeiras semanas da campanha de imunização, quando as doses em número insuficiente estavam restritas a grupos mais vulneráveis ao novo coronavírus (trabalhadores de saúde, pessoas que residem em asilos com 60 anos de idade ou mais, pessoas com deficiência e população indígena aldeada), o movimento sindical bancário se mobilizou e vem lutando desde então pela inclusão da categoria bancária nos planos nacional, estadual e municipal de imunização.
Em 15 de março, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região enviou ofício à Prefeitura de São Paulo cobrando a inclusão dos bancários como prioridade na vacinação contra a covid-19, e também ao governo do estado. Paralelamente, o movimento sindical bancário, por meio da Contraf-CUT, enviou ofício ao Ministério da Saúde, solicitando a inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra o coronavírus.
No dia 22 de março, o Sindicato, juntamente com a Fetec/SP e a Feeb SP/MS, encaminhou outro ofício ao governo paulista reivindicando a inclusão dos bancários em grupo prioritário do Plano Estadual de Imunização (PEI).
Em plenária estadual virtual realizada no dia 22 de março, os bancários e financiários de todo o estado de São Paulo aprovaram a participação da categoria na mobilização nacional realizada do dia 24 daquele mês, intitulada “Lockdown dos trabalhadores pela vida”, chamada pela CUT e demais centrais sindicais e pela frentes Povo sem Medo e Brasil Popular, e que teve como uma das principais bandeiras vacina já para todos.
O Sindicato também mantém, junto com a Fetec-CUT/SP e Feeb-SP/MS, desde 22 de março, um abaixo-assinado virtual cobrando a inclusão da categoria bancária como grupo prioritário na vacinação contra a covid-19. A coleta já conta com mais de 24 mil assinaturas.
Em 27 de abril os empregados da Caixa Econômica Federal deflagraram paralisação nacional. Um dos motivos do protesto foi a inclusão dos empregados no Plano Nacional de Imunização (PNI).
No dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, profissionais de diversas categorias saíram às ruas em carreata em protesto pela vacinação em massa contra a covid-19 e contra os desmandos do governo Bolsonaro. Em São Paulo, a categoria bancária e o Sindicato estiveram unidos cobrando também o fim dos ataques aos bancos públicos, por melhores condições de trabalho na pandemia e o fim das demissões, dentre outras pautas.
No dia 14 de maio, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região enviou mais uma vez ofício ao governo do estado reivindicando que os trabalhadores em instituições financeiras, assim como outras categorias que atuam na linha de frente na pandemia, tenham prioridade no plano estadual de imunização. A solicitação foi enviada diretamente ao governador João Doria, e foi assinada também pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec/SP) e pela Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS).
Depois de mais de um ano de cobranças pelo movimento sindical bancário, a Fenaban (federação dos bancos) finalmente apresentou uma proposta de protocolo de segurança unificado contra a Covid-19, em mesa de negociação no dia 24 de maio.
Em 26 de maio, o Sindicato divulgou levantamento feito pelo Dieese com dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontando crescimento de 176,4% nos desligamentos por morte na categoria bancária na comparação entre o primeiro trimestre de 2020 (18,3 óbitos/mês) com o primeiro trimestre de 2021 (50,6 óbitos/mês).
Bancários de todo o Brasil promoveram Dia Nacional de Luta, no dia 27 de maio, pela inclusão da categoria como essencial no Plano Nacional de Imunização (PNI) e por vacina para todos. Os protestos incluíram tuitaço, mutirão e atos na Caixa Econômica Federal em homenagem aos empregados mortos vítimas da covid-19 nas agências.
No mesmo dia, o médico pneumologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Ubiratan de Paula Santos, participou de debate promovido pelo Sindicato e Fetec/CUT-SP, com dirigentes sindicais bancários de todo o estado de São Paulo. Em pauta: a pandemia de coronavírus, vacinação e medidas de prevenção nos locais de trabalho.
No dia 29 de maio, foram realizados encontro virtual de cipeiros e encaminhamentos de bancários para os Centros de Referências em Saúde do Trabalhador (CRSTs).
A Contraf-CUT enviou, em 2 de junho, o segundo ofício ao Ministério da Saúde cobrando a inclusão dos bancários no PNI, e o agendamento de reunião, em formato virtual, para tratar do assunto e apresentar os dados do setor e da categoria.
No dia 7 de junho, o Sindicato iniciou uma campanha de mobilização junto aos bancários para pressionar os vereadores da capital paulista a cobrarem agilidade no processo de imunização.
O Sindicato, desde o dia 10 de junho, está percorrendo prefeituras e câmaras municipais das cidades de sua base para cobrar prioridade para os bancários na vacinação.
A presidenta do Sindicato, Ivone Silva, e a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, participaram na manhã de sexta-feira 11 de junho de uma reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a Fenaban (federação dos bancos). Na pauta, a inclusão dos bancários como grupo prioritário na vacinação contra a Covid-19.
O Sindicato obteve, na segunda quinzena de junho, avanços na luta pela vacinação contra covid-19 para os bancários de Taboão da Serra, Itapevi e Cotia, três municípios que compõem a base da entidade.
Em 16 de junho, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei 1011/20, que estabelece prioridade para bancários e outros grupos dentro do plano de vacinação contra a Covid-19 (mais detalhes abaixo, no vídeo da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira). O texto principal foi aprovado em março, mas estava pendente a análise de destaques. A proposta vai agora para o Senado.
A prefeitura de Barueri, um dos municípios que compõem a base da entidade, atendeu a reivindicação da entidade e informou que os bancários de agências serão incorporados no plano de imunização municipal.
No dia 25 de junho, o prefeito de Itapevi, Igor Soares (Podemos), se comprometeu, junto à entidade, a se empenhar no sentido de garantir a vacinação dos bancários contra a covid-19.
Representantes do Sindicato reuniram-se com o presidente da Câmara Municipal de Osasco, Ribamar Silva (PSD), no dia 28 de junho, para tratar da vacinação dos bancários do município. O vereador se comprometeu a buscar uma agenda com o prefeito para avaliar a priorização na vacinação dos bancários.
Após ação do Sindicato, a vacinação dos bancários de Itapevi começou no dia 6 de julho. A informação foi confirmada pelo gabinete do prefeito à entidade.
No mesmo dia, depois de muita pressão do Sindicato, o governo federal finalmente anunciou, a inclusão da categoria bancária como grupo prioritário no Plano Nacional de Imunização contra a contra a covid-19.
Após ofício enviado pelo Sindicato, a prefeitura de Cotia informou, no dia 13 de julho, que irá vacinar contra a covid-19 os bancários que trabalham na cidade. A Secretaria de Saúde do município informou ao Sindicato que a vacinação de todos os bancários do município irá ocorrer nesta quinta-feira 22.
“A atividade bancária foi considerada essencial em decreto federal. Apesar de o movimento sindical ter garantindo na luta para que boa parte da categoria fosse transferida para o regime de home office, que rodízios de trabalho presenciais fossem estabelecidos e protocolos fossem implementados, as agências nunca fecharam. Os trabalhadores sempre estiveram na linha de frente, atendendo a população, em unidades lotadas e pouco ventiladas, inclusive durante o pagamento de políticas públicas de caráter social, tão fundamentais neste momento, como o auxílio emergencial.”
Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região
“Sem abrir mão do nosso posicionamento de cobrar vacina para todos já - levando em conta o agravamento da pandemia e o alto nível de exposição dos bancários nas agências - o Sindicato enviou ofício ao governador João Doria reivindicando a inclusão dos bancários em grupo prioritário do Plano Estadual de Vacinação”, conclui Ivone.