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Coronavírus

Sindicato solicita vacinação já para a categoria bancária

Linha fina
Entidade enviou ofício à Prefeitura de São Paulo, ao governo do estado e ao governo federal para inclusão dos bancários como prioridade no Plano Nacional de Vacinação
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Foto: Freepick

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região enviou ofício à Prefeitura de São Paulo para inclusão dos bancários como prioridade na vacinação contra a covid-19, e também ao governo do estado. Paralelamente, o movimento sindical bancário, por meio da Contraf-CUT, enviou ofício ao Ministério da Saúde, solicitando a inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunização contra o coronavírus.

“O serviço bancário é considerado essencial em todos os decretos federais, estaduais ou municipais que impõem limites ao funcionamento de estabelecimentos e serviços e à circulação de pessoas na pandemia. Ou seja, os bancos continuam abertos e os bancários continuam atendendo clientes e usuários em geral, inclusive no pagamento de benefícios fundamentais para a sobrevivência da população, como Bolsa Família e o auxílio emergencial. Portanto, é essencial que os bancários, assim como todos os trabalhadores na linha de frente dos serviços essenciais, sejam considerados prioridade no plano de imunização contra a covid, ao lado de profissionais da saúde, idosos, grupos de risco. É isso que estamos reivindicando junto aos governos federal e municipal”, destaca a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.

Ofício ao Ministério da Saúde

No ofício enviado ao Ministério da Saúde, a Contraf-CUT destaca que “esta importante atividade [a bancária] se mantém ativa e em funcionamento em todo o território brasileiro e a categoria bancária vem prestando o serviço com a máxima eficiência”, inclusive na “execução de políticas públicas de caráter social”. Assim, “considerando o cenário, a categoria bancária tem passado por momentos de forte apreensão ao prestar o serviço de atendimento à toda a população, porém, receosos pela preservação de sua saúde e de seus entes familiares próximos”.

Destaca ainda que “não raras são as situações em que contingentes de clientes, usuários dos serviços bancários e beneficiários das políticas públicas buscam atendimento nas agências bancárias e propiciam aglomerações”. E conclui que “a tipificação da categoria bancária dentre aquelas listas no escopo das consideradas essenciais e prioritárias deve se estender ao Plano Nacional de Imunização – PNI contra a COVID-19.”

O ofício foi enviado no dia 13 de março, e ainda não houve resposta do governo federal.

Ofício à prefeitura

A Prefeitura de São Paulo já respondeu ao ofício enviado pelo Sindicato. No documento, de 22 de fevereiro, o coordenador da Coordenadoria de Vigilância em Saúde SMS/COVISA, Luiz Artur Vieira Caldeira, explica que o Programa Municipal de Imunizações segue orientações técnicas do Programa Nacional de Imunizações e do Programa Estadual de Imunizações e elenca os grupos considerados prioritários nesses programas: trabalhadores da área da saúde; pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas; população idosa; indígena aldeado; população em situação de rua; grupos com comorbidades (diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer, obesidade grau III); trabalhadores da educação; pessoas com deficiência permanente severa; membros das forças de segurança e salvamento; funcionários do sistema de privação de liberdade; trabalhadores do transporte coletivo; transportadores rodoviários de carga; população privada de liberdade.

“Não foi a resposta que esperávamos, e vamos continuar reivindicando a inclusão dos bancários entre os grupos prioritários”, diz Ivone.

Mesa com a Fenaban

A dirigente lembra que na última mesa com os bancos para discutir medidas de segurança dos bancários contra o coronavírus, no dia 11, a Fenaban (federação dos bancos) concordou com a reivindicação do Sindicato de vacinação imediata para a categoria bancária, e se comprometeu em reforçar os esforços do movimento sindical junto ao poder público para que isso ocorra.

“Nessa última mesa, levamos outras reivindicações importantes como a suspensão das demissões e a diminuição das metas, que também são essenciais para a tranquilidade dos bancários na pandemia. E ainda reivindicamos a diminuição do horário de atendimento nas agências. Infelizmente, a Fenaban não deu respostas favoráveis a essas reivindicações. Esperamos que pelo menos os bancos de fato somem esforços com o movimento sindical para que os bancários sejam vacinados. Se os trabalhadores continuam na linha de frente, atendendo diariamente a população, nada mais justo que sejam prioridade na vacinação”, reforça.

Teletrabalho

Ivone ressalta ainda que a ampliação do home office foi outro tema importante discutido na mesa, e que a Fenaban afirmou que pelo menos 14 bancos já haviam recolocado muitos trabalhadores no home office e ficou de apurar se outros bancários retornariam ao teletrabalho. “Logo no início da pandemia, em março de 2020, conseguimos colocar metade da categoria em teletrabalho. Com o abrandamento da pandemia, ainda no ano passado, muitos bancos reverteram isso e chamaram os trabalhadores para o regime presencial. Mas neste momento em que as contaminações e mortes voltaram a crescer, ficando até pior do que no ano passado, é urgente que os bancos voltem a ampliar o teletrabalho. Essa é outra reivindicação importante da categoria e vamos continuar alertas e lutando por isso”, afirma.

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