O Sindicato dos Bancários de São Paulo entrou em contato com o Bradesco para questionar o banco sobre uma possível terceirização do setor de Back Office do departamento de Câmbio, alocado no Núcleo Vila Leopoldina, que impactaria cerca de 250 trabalhadores. Em resposta, o banco informou que não existe qualquer projeto de terceirização em andamento.
“Após receber informações sobre uma suposta reunião onde teria sido anunciada a terceirização do Back Office do Câmbio, prontamente contatamos o banco e não existe projeto de terceirização do setor”, relata o dirigente do Sindicato e bancário do Bradesco Vanderlei Alves.
“A informação sobre a suposta terceirização gerou enorme apreensão entre os trabalhadores, que ficaram ainda mais indignados por acreditarem que não teriam sido comunicados prontamente sobre a possível mudança. Felizmente, o Bradesco negou que exista planos para a terceirização do setor”, acrescenta.
O Sindicato dos Bancários reafirma sua posição totalmente contrária a qualquer terceirização no setor bancário. De acordo com estudo da CUT, em parceria com o Dieese, trabalhadores terceirizados ganham, em média, 25% menos do que os empregados diretos – e no setor bancário chega a ser 70% menos –; têm jornadas maiores (trabalham em média 3 horas a mais por semana) e ficam menos tempo em cada emprego (em geral saem antes de completar três anos, enquanto a média de permanência do funcionário direto é de 5,8 anos).
Além disso, a terceirização também é uma forma dos bancos desmobilizarem a categoria bancária, uma vez que o trabalhador terceirizado deixa de ser bancário e não usufrui da Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários e de nenhum direito por ela previsto.
Procure o Sindicato
“É muito importante que os trabalhadores do Bradesco continuem informando ao Sindicato quaisquer informações sobre possíveis terceirizações. Assim poderemos atuar junto ao banco com celeridade para obter os devidos esclarecimentos e defender os empregos bancários”, orienta Alves.
O bancário pode entrar em contato com o Sindicato por meio do Canal de Denúncias, pelo telefone (3188-5200), por chat, e-mail e Whatsapp, ou diretamente com um dirigente. É garantido o total sigilo da identidade do denunciante.