A aquisição do China Construction Bank Brasil (CCB Brasil) pelo Bank of China (BoC) está gerando muita apreensão entre os trabalhadores. Isto porque as informações sobre o processo são pouco claras, em especial com relação à garantia dos empregos.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo vem tentando, sem resposta, uma reunião com a direção do BoC para debater os seguintes pontos:
- Manutenção dos empregos;
- Garantia do pagamento do Programa Próprio de Resultados (PPR);
- Elaboração de acordo sobre home office.
“O Sindicato possui um histórico positivo no relacionamento com a direção do CCB, que resultou inclusive na celebração de acordos coletivos de trabalho, sendo um que garante aos empregados a distribuição do PPR, e outro que disciplina o ponto eletrônico, o que evita abusos na jornada de trabalho e assegura o correto pagamento das horas extras. Queremos estabelecer o mesmo diálogo com a direção do BoC a fim de garantir os direitos dos trabalhadores”, afirma Diego Carvalho, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo
O CCB possui 340 bancários lotados em dois centros administrativos localizados na base deste Sindicato, sendo um na avenida Paulista e outro na avenida Faria Lima.
“Em visitas aos locais ficou evidente a preocupação dos trabalhadores com relação a eventuais demissões causadas pela aquisição. Por isto estamos cobrando com urgência uma reunião com a direção do Bank of China a fim de obter esclarecimentos sobre o processo, para cobrar a garantia dos empregos e também para dar andamento às demais pautas, sobretudo o pagamento do PPR”, enfatiza Diego.
“Queremos fortalecer o diálogo social e a negociação coletiva com a direção do BoC. Esperamos que o banco nos indique o mais rapidamente possível uma data para a reunião”, reforça o dirigente.
O BoC e o CCB têm como acionista majoritário o governo chinês. O BoC está presente no Brasil desde 2009. Com mais de US$ 4,4 trilhões de ativos e, aproximadamente, US$ 356 bilhões de capital principal, a instituição financeira opera transações de comércio exterior entre os dois países, além de conceder crédito a empresa chinesas que visam se estabelecer por aqui.
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