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Durante reunião internacional, Sindicato denuncia ataques do Santander nas Américas e na Espanha

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Durante reunião internacional, Sindicato denuncia ataques do Santander nas Américas e na Espanha

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região participou de uma reunião emergencial da Rede Sindical Internacional do Banco Santander, realizada em Buenos Aires. O encontro ocorreu na última terça-feira, dia 10, e reuniu dirigentes sindicais de diversos países da América Latina e da Espanha.

Durante a reunião, foram compartilhadas as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e suas representações sindicais. Entre os principais ataques relatados estão cortes de pessoal, aumento da terceirização, deterioração nas condições laborais e o enfraquecimento das organizações sindicais. Esse quadro tem se repetido em países como Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Brasil e também na Espanha, onde fica a sede principal do Santander.

Os representantes dos países participantes destacaram uma prática recorrente do Santander: a realocação de funcionários bancários, que possuem respaldo de convenções coletivas e são representados por sindicatos, para outras empresas pertencentes ao mesmo grupo. Essa manobra afasta esses trabalhadores da cobertura sindical e das garantias coletivas, o que resulta em perda de direitos, aumento da precarização e na desarticulação da categoria bancária.

"Estamos aqui em solidariedade aos colegas da Argentina e em luta conjunta para exigir do Santander o respeito à negociação coletiva, o fim das demissões injustificadas e o compromisso com condições de trabalho dignas em todos os países", afirma Wanessa Queiroz, dirigente do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização de Empregados (COE Santander).

Mulheres são o principal alvo

Outro ponto de destaque na reunião foi a constatação de que as mulheres têm sido as principais vítimas das demissões promovidas pelo banco em toda a região, revelando um viés discriminatório nas dispensas, mesmo diante dos lucros bilionários registrados pelo grupo Santander.

A declaração oficial divulgada pela Rede Sindical Internacional denuncia que tais práticas não são casos isolados, mas fazem parte de uma política global articulada pelo Santander para impor nas Américas um modelo regressivo de relações de trabalho. O objetivo é elevar ainda mais seus lucros à custa da saúde, segurança, dignidade e direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Jornada Internacional de Luta

Como parte da resposta sindical articulada, a Rede Sindical Internacional convocou uma Jornada Internacional de Luta para o dia 26 de junho, com mobilizações nos diversos países onde o Santander atua. A ação visa denunciar e resistir coletivamente às demissões, terceirizações, precarização laboral e perseguições sindicais promovidas pela direção do banco.

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