São Paulo – Dois casos de roubo a carro-forte com sequestro de familiares ocorridos na semana passada aumentaram o clima de tensão entre os vigilantes. De acordo com José Boaventura Santos, presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNV), no primeiro semestre desse ano houve aumento nesse tipo de ataque. “Essa atuação é muito comum também na categoria bancária, quando bandidos sequestram parentes. Isso vem aumentando o clima de tensão entre os trabalhadores”, afirma.
Boaventura relata que os vigilantes estão mobilizados para cobrar medidas que visem proteger os trabalhadores. “Realizamos um Dia Nacional de Luta depois da morte de um trabalhador num ataque de bandidos em Hortolândia. Estamos reivindicando que as empresas mudem procedimentos e também criem um espaço exclusivo para carga e descarga de valores, além de escolta nas estradas e atuação do poder público com objetivo de desmantelar essas quadrilhas”, ressalta o presidente da CNV.
O diretor do Sindicato Daniel Reis faz parte da Comissão Consultiva de Assuntos de Segurança Privada (Ccasp) e se solidariza com os trabalhadores vigilantes, disposto a atuar em conjunto. “Essa situação é de tamanha crueldade e ousadia e conta com o descaso do sistema financeiro em relação aos trabalhadores do transporte de valores. Essas famílias que foram vítimas passaram por trauma irreversível. O Sindicato continua sua luta ao lado dos vigilantes, por melhores condições de trabalho e exige que os bancos se responsabilizem por esses empregados”.
Aumento - Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), divulgado pelo G1, os oito assaltos a carros-fortes no estado de São Paulo registrados desde o mês de janeiro representam crescimento de 100% em relação à quantidade de ataques ocorridos em todo o ano passado.
Carlos Fernandes, com informações do G1 - 10/7/2012
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Só no primeiro semestre, número de casos dobrou. Trabalhadores reivindicam medidas de seguranças para tranquilizar categoria; Sindicato apoia
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