São Paulo – O Ministério Público do Trabalho de Campinas ajuizou ações civis públicas contra empresas que não estariam emitindo CAT (Comunicação por Acidentes de Trabalho) à Previdência Social. Segundo reportagem do Valor Econômico, edição desta quinta 12, em processos contra apenas quatro empresas o órgão pede um total de R$ 35 milhões em indenizações por danos morais coletivos, exigindo também mudanças nos ambientes de trabalho. Ouvido pelo jornal, o procurador do MPT de Campinas, Silvio Beltramelli Neto informou que as denúncias sobre empregadores que não emitem a CAT, feitas principalmente por sindicatos e trabalhadores, são cada vez maiores.
A Comunicação por Acidente de Trabalho é obrigatória e está prevista em lei. Deve ser feita pelo empregador, junto à Previdência Social, sempre que ocorrerem acidentes ou forem identificadas doenças ocupacionais. O Sindicato luta constantemente para que os bancos cumpram a lei e não deixem de emitir a CAT, principalmente após situações violentas como assaltos a agências, que causam grandes traumas psicológicos aos trabalhadores.
As Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, mais conhecidas como LER/Dort, também devem ser comunicadas ao INSS por meio da CAT. A categoria bancária é uma das que mais sofre com doenças desse tipo, que têm origem no ambiente de trabalho.
A não emissão de CAT gera multa ao empregador e pode, como nos processos do MPT de Campinas, resultar em ações por danos morais. Segundo o procurador Silvio Beltramelli, a empresas deixam de emitir a CAT para evitar fiscalizações do Ministério do Trabalho e Emprego ou processos no MPT. “Um número grande de CATs chama a atenção desses órgãos. As empresas podem ser multadas ou responderem por danos morais”, afirmou ao jornal.
Redação, com informações do Valor Econômico - 12/7/2012
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Em apenas quatro ações, órgão de Campinas pede R$ 35 milhões por danos morais coletivos e exige mudanças nos ambientes de trabalho
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