São Paulo – A maioria (95%) dos pisos salariais negociados em convenções e acordos coletivos teve aumento real (acima da inflação) em 2013, segundo pesquisa divulgada na quarta 23 pelo Dieese. Foram analisados pisos incluídos em 685 negociações pelo país. O reajuste ficou, em média, 2,8 pontos acima do INPC-IBGE. Os resultados, embora positivos, ficaram abaixo do apurado em 2012, quando 98% dos acordos tiveram aumento real, cujo índice também foi maior (5,6 pontos).
"A diferença entre o desempenho das negociações de 2012 e 2013 pode ser decorrente, em parte, da valorização do salário mínimo, cuja influência sobre as negociações dos pisos salariais vem sendo observada pelo Dieese nos últimos anos", diz o instituto. Em 2012, o mínimo teve reajuste de 14%, com um ganho real de 7,6%. No ano passado, a correção foi de 9%, aumento real de 2,6%. "Parece plausível supor que a valorização do salário mínimo em 2012 'puxou para cima' a valorização dos pisos salariais naquele ano."
O valor médio dos pisos em 2013 foi de R$ 879,04, com alta nominal de 9% sobre o ano anterior. Os pisos negociados variaram de R$ 678 (valor do salário mínimo oficial no período) a R$ 3.600. Em torno de 6% das negociações fecharam acordo com piso equivalente ao mínimo. Aproximadamente metade chegou a até R$ 800, valor equivalente a 1,18 salário mínimo.
Entre os setores, a indústria teve aumento real em 98% dos casos, o comércio, em 97%, os serviços, em 92%, e o setor rural, em 93%. O maior valor médio dos pisos foi apurado nos serviços (R$ 931,53), seguido pela indústria (R$ 886,07). O do comércio ficou em R$ 802,12. O menor foi o do setor rural (R$ 748,22).
Rede Brasil Atual - 24/7/2014
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Pesquisa do Dieese com 685 negociações pelo país apurou também que reajuste médio ficou 2,8 pontos acima do INPC
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