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São Paulo – Os assaltos a bancos cresceram neste ano no estado de São Paulo e na capital paulista, segundo dados divulgados pela secretaria de segurança pública nesta segunda-feira 27. Na cidade, essa modalidade de roubo teve aumento de 23% (de 38 para 47) no primeiro semestre, em comparação com mesmo período de 2014. No estado, a alta foi de aproximadamente 2% (de 89 para 91).
Considerando apenas o mês de junho, houve aumento de dois casos no estado (de 11 para 13) e de um caso na capital (de 6 para 7). O secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo, aponta a falta de investimento dos bancos e do Estado em segurança, bem como desrespeito à legilação vigente.
Um exemplo é o assalto ocorrido na segunda-feira 13 de julho, em uma agência localizada na zona leste da capital paulista. A unidade bancária não tem porta de segurança com detector de metais – antiga reivindicação do movimento sindical. Além disso, os ladrões conheciam a rotina do tesoureiro e do gerente geral. Ambos detêm as chaves e, por isso, foram rendidos e ameaçados. O movimento sindical reivindica que a abertura seja feita remotamente.
“O aumento do número de roubos infelizmente atesta o que nós denunciamos há anos”, critica Carlos Damarindo. “Por parte do estado não há investimento adequado em inteligência e em investigação, e os bancos, além de descumprirem a lei, ainda por cima aplicam pouco em medidas de segurança dos lucros bilionários que ganham em cima da exploração da sociedade. Este quadro comprova o descaso do Estado e dos bancos com a vida dos cidadãos”, acrescenta o secretário jurídico do Sindicato.
Considerando apenas o mês de junho, houve aumento de dois casos no estado (de 11 para 13) e de um caso na capital (de 6 para 7). O secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo, aponta a falta de investimento dos bancos e do Estado em segurança, bem como desrespeito à legilação vigente.
Um exemplo é o assalto ocorrido na segunda-feira 13 de julho, em uma agência localizada na zona leste da capital paulista. A unidade bancária não tem porta de segurança com detector de metais – antiga reivindicação do movimento sindical. Além disso, os ladrões conheciam a rotina do tesoureiro e do gerente geral. Ambos detêm as chaves e, por isso, foram rendidos e ameaçados. O movimento sindical reivindica que a abertura seja feita remotamente.
“O aumento do número de roubos infelizmente atesta o que nós denunciamos há anos”, critica Carlos Damarindo. “Por parte do estado não há investimento adequado em inteligência e em investigação, e os bancos, além de descumprirem a lei, ainda por cima aplicam pouco em medidas de segurança dos lucros bilionários que ganham em cima da exploração da sociedade. Este quadro comprova o descaso do Estado e dos bancos com a vida dos cidadãos”, acrescenta o secretário jurídico do Sindicato.
Apenas 6% – Segundo dados do Dieese com base nos balanços dos bancos, Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander apresentaram lucros de R$ 60,3 bilhões em 2014. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,7 bilhões, o que representa média de 6,1% em comparação com os lucros auferidos.
Além da escassez de investimentos, os bancos seguidamente desrespeitam a lei federal 7.102/83, que regulamenta a segurança para estabelecimentos financeiros e estabelece normas para as empresas particulares de vigilância e de transporte de valores.
No ano passado, durante as reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp), a Polícia Federal aplicou multas por desrespeitos à Lei 7.102/83 contra 21 bancos, totalizando R$ 19 milhões. Na avaliação do movimento sindical, essa lei, que tem mais de 30 anos, está defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade.
CAT – Passadas duas semanas do roubo da agência citada acima, o Itaú ainda não disponibilizou a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) aos funcionários da unidade bancária.
É obrigação do empregador emitir o documento que tem a finalidade de reconhecer um acidente de trabalho – como é o caso de um roubo armado a uma agência –, ou de uma doença ocupacional. A CAT é importante para que o INSS reconheça o nexo técnico, ou seja, que uma eventual doença ocasionada pelo trauma – como uma síndrome do pânico, comum em vítimas de assaltos – tenha sido originada no desempenho das funções laborais.
Rodolfo Wrolli – 27/7/2015
Atualizada às 19h34 de 27/7/2015