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São Paulo – Em reunião com a federação dos bancos (Fenaban) para discutir segurança bancária, dirigentes sindicais cobraram o cumprimento das normas previstas no projeto-piloto implementado nas cidades de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes e sua ampliação.
Conquista da Campanha Nacional 2012, o programa implantado em centenas de agências daquela região teve por objetivo testar itens de segurança como porta-giratória com detector de metais, câmeras internas e externas, biombos em frente aos caixas, guarda-volumes e vigilantes armados e com coletes balísticos.
O desrespeito dos bancos aos itens de segurança previstos também por lei municipal, em Recife, levou inclusive a uma ação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que sugeriu multa diária de R$ 100 mil por cada assessório de segurança descumprido pelo banco. O MPPE também determinou que a prefeitura recifense fiscalizasse a ação e a federação dos bancos tem até o dia 21 para se manifestar.
Mais medidas – Na reunião da segunda-feira 13, os representantes dos trabalhadores reivindicaram ampliação do projeto-piloto com a implantação de mais medidas de segurança como a abertura remota das agências ou a contratação de empresa para a guarda das chaves e ainda a expansão do programa nas agências de negócio e localizadas em shoppings.
“Por mais que tenhamos uma avalição positiva do projeto-piloto, ainda falta não só aprimorar o programa, como é fundamental que os bancos cumpram com aquilo que foi acordado”, cobra o secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo.
Números da violência – A Fenaban apresentou estatística de assaltos a bancos referentes ao segundo semestre de 2014 e aos primeiros seis meses de 2015. Segundo a federação dos bancos, os números de “assaltos consumados” foram 385 no segundo semestre de 2014 e 191 no primeiro semestre de 2015. Em 2013 o total de roubos foi de 449.
“Esses dados amenizam a realidade e são conflitantes, porque só o que a gente pega de notícias de jornais já supera esses números apresentados pela Fenaban”, afirma Damarindo.
Pesquisa elaborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese, revelou em fevereiro que ao menos 66 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos no ano passado, média de 5,5 vítimas fatais por mês.
Em outras praças – Na reunião foi anunciado que o projeto-piloto será implementado em mais duas cidades: Belo Horizonte – sugerida pelo movimento sindical – e outra ainda a ser definida pela Fenaban. A data para o início dos projetos ainda não foi estipulada.
Descaso – Segundo dados do Dieese com base nos balanços dos bancos, Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander apresentaram lucros de R$ 60,3 bilhões em 2014. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,7 bilhões, o que representa média de 6,1% em comparação com os lucros auferidos.
Rodolfo Wrolli – 14/7/2015
Conquista da Campanha Nacional 2012, o programa implantado em centenas de agências daquela região teve por objetivo testar itens de segurança como porta-giratória com detector de metais, câmeras internas e externas, biombos em frente aos caixas, guarda-volumes e vigilantes armados e com coletes balísticos.
O desrespeito dos bancos aos itens de segurança previstos também por lei municipal, em Recife, levou inclusive a uma ação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que sugeriu multa diária de R$ 100 mil por cada assessório de segurança descumprido pelo banco. O MPPE também determinou que a prefeitura recifense fiscalizasse a ação e a federação dos bancos tem até o dia 21 para se manifestar.
Mais medidas – Na reunião da segunda-feira 13, os representantes dos trabalhadores reivindicaram ampliação do projeto-piloto com a implantação de mais medidas de segurança como a abertura remota das agências ou a contratação de empresa para a guarda das chaves e ainda a expansão do programa nas agências de negócio e localizadas em shoppings.
“Por mais que tenhamos uma avalição positiva do projeto-piloto, ainda falta não só aprimorar o programa, como é fundamental que os bancos cumpram com aquilo que foi acordado”, cobra o secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo.
Números da violência – A Fenaban apresentou estatística de assaltos a bancos referentes ao segundo semestre de 2014 e aos primeiros seis meses de 2015. Segundo a federação dos bancos, os números de “assaltos consumados” foram 385 no segundo semestre de 2014 e 191 no primeiro semestre de 2015. Em 2013 o total de roubos foi de 449.
“Esses dados amenizam a realidade e são conflitantes, porque só o que a gente pega de notícias de jornais já supera esses números apresentados pela Fenaban”, afirma Damarindo.
Pesquisa elaborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese, revelou em fevereiro que ao menos 66 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos no ano passado, média de 5,5 vítimas fatais por mês.
Em outras praças – Na reunião foi anunciado que o projeto-piloto será implementado em mais duas cidades: Belo Horizonte – sugerida pelo movimento sindical – e outra ainda a ser definida pela Fenaban. A data para o início dos projetos ainda não foi estipulada.
Descaso – Segundo dados do Dieese com base nos balanços dos bancos, Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander apresentaram lucros de R$ 60,3 bilhões em 2014. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,7 bilhões, o que representa média de 6,1% em comparação com os lucros auferidos.
Rodolfo Wrolli – 14/7/2015
