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São Paulo - Reunidos na sede nacional da CUT, em São Paulo, na tarde desta quarta-feira 20, dirigentes sindicais de diversas categorias, dentre eles os bancários, falaram sobre as pautas que unem a campanha salarial no segundo semestre de 2016.
Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato, saiu em defesa das estatais. “No último final de semana de julho temos a Conferência Nacional dos Bancários com a participação dos delegados eleitos nas assembleias. Nesse encontro vamos definir a pauta de reivindicações. A defesa das empresas públicas é uma bandeira dos bancários. No Brasil, os bancos públicos foram importantes para o desenvolvimento , para a ampliação do crédito, 61% do financiamento imobiliário passa na Caixa Econômica, o BNDS foi importante para o crescimento econômico, proporcionando geração de emprego e renda. Agora, o governo interino quer privatizar as empresas públicas.”
O presidente da CNM, Paulo Cayres, lembrou que as articulações conjuntas entre trabalhadoras servirão, também, para a construção da greve-geral. “Os metalúrgicos da CUT estão seguindo a orientação da Central, que é ter todos os ramos unidos pela campanha salarial. Nessa linha, o último ato que fizemos foi um encontro com o ramo têxtil do Ceará, colocamos nossa pauta histórica, que é a redução da jornada sem redução de salário, contra a reforma da Previdência e denunciando o golpe. Os metalúrgicos estão em campanha pelo Brasil, levando os companheiros metalúrgicos para dialogar com outros setores”, afirmou o dirigente.
Alvo constante dos golpistas, a Saúde segue ameaçada de privatização. Recentemente, o ministro ilegítimo da Saúde, Ricardo Barros, sugeriu a criação de um plano de saúde popular, que gerou revolta na população. Célia Regina Costa, secretária-geral da CNTSS, afirma que o tema está sendo debatido nos encontros da categoria. “Eles querem destruir o que foi construído nos últimos 13 anos”, explicou a sindicalista, lembrando que os trabalhadores enfrentam dificuldades para negociar suas pautas na atual conjuntura política.
“Vários dos nossos sindicatos estão lutando pela manutenção e aumento do piso da categoria. Em São Paulo devemos retomar a nossa campanha salarial, assim como em outros estados, já que os governadores não atendem a pauta da reinvidicação com a desculpa da crise”, encerrou.
O presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, adota o mesmo tom de preocupação com o cenário político do País. “Já fizemos três concentrações importantes com trabalhadores envolvidos na campanha salarial. Vamos continuar negociando porque a situação é complicada, por conta das ameaças de demissões nas fábricas. É momento dos sindicatos mobilizarem suas bases para mostrar o quão difícil é o quadro político no Brasil, que aponta para uma retirada de direitos da classe trabalhadora.”
O coordenador nacional da FUP, José Maria Rangel, já vê a privatização batendo à porta da maior estatal do país, a Petrobras. Por isso, tem aproveitado as assembleias e encontros com outras categorias para dialogar sobre os riscos dos retrocessos que estão pautados na agenda política.
“Por onde estamos passando, afirmamos que a entrega do Pré-Sal faz parte do golpe. Depois, é importante ressaltar a união das categorias em torno da campanha salarial e isso é ótimo, pois é quando precisamos da unidade, justamente para enfrentar os ataques à soberania nacional. A CUT sai na frente quando dá visibilidade à reação da classe trabalhadora contra o governo golpista de Michel Temer”, afirmou o petroleiro.
Também preocupada com os ataques promovidos contra os direitos básicos da população, a secretária de Organização da CNTE, Marilda Araújo, lamentou o projeto “Escola sem Partido”. “Ele representa um atraso de dez mil anos, com uma mordaça na Educação. O professor se tornará um conteudista, sem relacionar com mais nada dentro de sua matéria. O professor não pode deixar de falar sobre os problemas sociais do País”, afirmou a dirigente, que pretende seguir discutindo a agenda proposta pela CUT com os trabalhadores de sua categoria. “Na segunda semana de agosto, todos os representantes da CNTE nos estados vão se reunir para determinar a campanha salarial do segundo semestre, mas a orientação é manter o que está sendo proposto pela Central.”
André Accarini e Igor Carvalho, da CUT, com edição da Redação - 21/7/2016
Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato, saiu em defesa das estatais. “No último final de semana de julho temos a Conferência Nacional dos Bancários com a participação dos delegados eleitos nas assembleias. Nesse encontro vamos definir a pauta de reivindicações. A defesa das empresas públicas é uma bandeira dos bancários. No Brasil, os bancos públicos foram importantes para o desenvolvimento , para a ampliação do crédito, 61% do financiamento imobiliário passa na Caixa Econômica, o BNDS foi importante para o crescimento econômico, proporcionando geração de emprego e renda. Agora, o governo interino quer privatizar as empresas públicas.”
O presidente da CNM, Paulo Cayres, lembrou que as articulações conjuntas entre trabalhadoras servirão, também, para a construção da greve-geral. “Os metalúrgicos da CUT estão seguindo a orientação da Central, que é ter todos os ramos unidos pela campanha salarial. Nessa linha, o último ato que fizemos foi um encontro com o ramo têxtil do Ceará, colocamos nossa pauta histórica, que é a redução da jornada sem redução de salário, contra a reforma da Previdência e denunciando o golpe. Os metalúrgicos estão em campanha pelo Brasil, levando os companheiros metalúrgicos para dialogar com outros setores”, afirmou o dirigente.
Alvo constante dos golpistas, a Saúde segue ameaçada de privatização. Recentemente, o ministro ilegítimo da Saúde, Ricardo Barros, sugeriu a criação de um plano de saúde popular, que gerou revolta na população. Célia Regina Costa, secretária-geral da CNTSS, afirma que o tema está sendo debatido nos encontros da categoria. “Eles querem destruir o que foi construído nos últimos 13 anos”, explicou a sindicalista, lembrando que os trabalhadores enfrentam dificuldades para negociar suas pautas na atual conjuntura política.
“Vários dos nossos sindicatos estão lutando pela manutenção e aumento do piso da categoria. Em São Paulo devemos retomar a nossa campanha salarial, assim como em outros estados, já que os governadores não atendem a pauta da reinvidicação com a desculpa da crise”, encerrou.
O presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, adota o mesmo tom de preocupação com o cenário político do País. “Já fizemos três concentrações importantes com trabalhadores envolvidos na campanha salarial. Vamos continuar negociando porque a situação é complicada, por conta das ameaças de demissões nas fábricas. É momento dos sindicatos mobilizarem suas bases para mostrar o quão difícil é o quadro político no Brasil, que aponta para uma retirada de direitos da classe trabalhadora.”
O coordenador nacional da FUP, José Maria Rangel, já vê a privatização batendo à porta da maior estatal do país, a Petrobras. Por isso, tem aproveitado as assembleias e encontros com outras categorias para dialogar sobre os riscos dos retrocessos que estão pautados na agenda política.
“Por onde estamos passando, afirmamos que a entrega do Pré-Sal faz parte do golpe. Depois, é importante ressaltar a união das categorias em torno da campanha salarial e isso é ótimo, pois é quando precisamos da unidade, justamente para enfrentar os ataques à soberania nacional. A CUT sai na frente quando dá visibilidade à reação da classe trabalhadora contra o governo golpista de Michel Temer”, afirmou o petroleiro.
Também preocupada com os ataques promovidos contra os direitos básicos da população, a secretária de Organização da CNTE, Marilda Araújo, lamentou o projeto “Escola sem Partido”. “Ele representa um atraso de dez mil anos, com uma mordaça na Educação. O professor se tornará um conteudista, sem relacionar com mais nada dentro de sua matéria. O professor não pode deixar de falar sobre os problemas sociais do País”, afirmou a dirigente, que pretende seguir discutindo a agenda proposta pela CUT com os trabalhadores de sua categoria. “Na segunda semana de agosto, todos os representantes da CNTE nos estados vão se reunir para determinar a campanha salarial do segundo semestre, mas a orientação é manter o que está sendo proposto pela Central.”
André Accarini e Igor Carvalho, da CUT, com edição da Redação - 21/7/2016