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São Paulo – Os metalúrgicos da CUT no estado de São Paulo deram início na quinta 7 à campanha salarial em um cenário econômico e político diferente. Uma mudança já foi sentida na entrega de pauta de reivindicações, de manhã na sede da Federação das Indústrias (Fiesp) e à tarde ao Sindipeças (entidade que representa o setor de autopeças, que também apresentou uma pauta), conta o presidente da Federação de Sindicatos de Metalúrgicos (FEM-CUT), Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
Segundo ele, este ano, diferentemente de anteriores, foram os presidentes dos sindicatos patronais que receberam a pauta, o que era feito por assessores. “Tivemos um número bem maior do que em anos anteriores (de empresários), parecia que todos estavam prestigiando, mas, na verdade, todos preocupados estavam tentando intimidar pelo número de pessoas”, disse o dirigente.
O tema da campanha, que envolve 203 mil trabalhadores, é Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos. Faz referência ao impeachment e à participação da Fiesp nesse processo e à mobilização contra o projeto de terceirização, que tramita no Senado. Os metalúrgicos também reivindicam redução da jornada para 40 horas semanais, criação de empregos e aumento real (acima da inflação). A data-base da categoria é 1º de setembro.
Luizão avalia que a campanha se torna ainda mais difícil diante da crise. “Conseguir evoluir em direitos sociais vai ser muito difícil. Se não houver unidade dos trabalhadores, e um grau de mobilização bastante alto, vai ser difícil a gente ter um resultado satisfatório”, diz, lembrando que o desemprego também inibe a mobilização.
“Estabilidade no emprego é algo que o empresariado não gosta de ouvir, frente a toda a rotatividade que eles praticam”, comenta o dirigente. "A jornada, por sua vez, é uma pauta que está conosco há mais de 20 anos, e não evolui, é um item complicado."
Garras - Ao observar que muitas categorias enfrentam dificuldades para fechar acordos com pelo menos a variação da inflação, Luizão acredita que valorizar os pisos salariais também será um desafio. O contexto político acaba enfraquecendo os trabalhadores, acrescenta: "Você tira um governo legítimo, democrático e popular, mina todas as possibilidades políticas de inclusão e de crescimento da classe trabalhadora e troca por uma pauta extremamente reacionária, não só conservadora, como em alguns casos em que ela pretende regredir".
Para Luizão, o ambiente político é mais desfavorável à negociação. “Se de fato houver a queda da presidenta, as garras de alguns começarão a aparecer de maneira mais evidente", comenta, citando ainda o projeto da terceirização e prometendo resistência. "Nós estamos falando que não adianta os empresários tentarem costurar por cima com o Congresso Nacional porque aqui nós vamos barrar. A pauta da terceirização tem um caráter mais político do que propriamente de negociação.”
Helder Lima, da Rede Brasil Atual - 8/7/2016
Segundo ele, este ano, diferentemente de anteriores, foram os presidentes dos sindicatos patronais que receberam a pauta, o que era feito por assessores. “Tivemos um número bem maior do que em anos anteriores (de empresários), parecia que todos estavam prestigiando, mas, na verdade, todos preocupados estavam tentando intimidar pelo número de pessoas”, disse o dirigente.
O tema da campanha, que envolve 203 mil trabalhadores, é Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos. Faz referência ao impeachment e à participação da Fiesp nesse processo e à mobilização contra o projeto de terceirização, que tramita no Senado. Os metalúrgicos também reivindicam redução da jornada para 40 horas semanais, criação de empregos e aumento real (acima da inflação). A data-base da categoria é 1º de setembro.
Luizão avalia que a campanha se torna ainda mais difícil diante da crise. “Conseguir evoluir em direitos sociais vai ser muito difícil. Se não houver unidade dos trabalhadores, e um grau de mobilização bastante alto, vai ser difícil a gente ter um resultado satisfatório”, diz, lembrando que o desemprego também inibe a mobilização.
“Estabilidade no emprego é algo que o empresariado não gosta de ouvir, frente a toda a rotatividade que eles praticam”, comenta o dirigente. "A jornada, por sua vez, é uma pauta que está conosco há mais de 20 anos, e não evolui, é um item complicado."
Garras - Ao observar que muitas categorias enfrentam dificuldades para fechar acordos com pelo menos a variação da inflação, Luizão acredita que valorizar os pisos salariais também será um desafio. O contexto político acaba enfraquecendo os trabalhadores, acrescenta: "Você tira um governo legítimo, democrático e popular, mina todas as possibilidades políticas de inclusão e de crescimento da classe trabalhadora e troca por uma pauta extremamente reacionária, não só conservadora, como em alguns casos em que ela pretende regredir".
Para Luizão, o ambiente político é mais desfavorável à negociação. “Se de fato houver a queda da presidenta, as garras de alguns começarão a aparecer de maneira mais evidente", comenta, citando ainda o projeto da terceirização e prometendo resistência. "Nós estamos falando que não adianta os empresários tentarem costurar por cima com o Congresso Nacional porque aqui nós vamos barrar. A pauta da terceirização tem um caráter mais político do que propriamente de negociação.”
Helder Lima, da Rede Brasil Atual - 8/7/2016