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Brasília - Novos casos de infecção por HIV em adultos e crianças haviam sido reduzidos em 40% no mundo desde o pico da epidemia de aids em 1997. Relatório divulgado na terça 12 pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids revela, entretanto, que nos últimos cinco anos os números entre adultos se estagnaram e em algumas regiões do planeta, como no Brasil, voltaram a subir.
O documento mostra que, enquanto progressos significativos têm sido alcançados para prevenir novas infecções entre crianças (os casos caíram 70% desde 2001 e permanecem em declínio), o cenário entre adultos é alvo de preocupação. A estimativa é que 1,9 milhão de adultos foram infectados anualmente ao longo dos últimos cinco anos.
No Brasil, nos mesmos cinco anos, novas infecções entre adultos subiram 4%. Sozinho, o país responde por 40% de todos os novos casos na América Latina e no Caribe e por 41% de todos os novos casos registrados em sete nações latino-americanas: Argentina, Venezuela, Colômbia, Cuba, Guatemala, México e Peru. Em 2010, o Brasil registrava 43 mil novas infecções por HIV entre adultos, contra 44 mil identificados em 2015.
A Europa Oriental e a Ásia Central também verificaram aumento, de 57%, em adultos. O Caribe, após anos de redução, identificou aumento de 9%, enquanto no Oriente Médio e Norte da África chegou a 4% no mesmo período. Na América Latina, os números subiram 2%.
Já na porção central e ocidental da Europa, na América do Norte e na África Central e Ocidental, novas infecções por HIV diminuíram ligeiramente desde 2010. Na África Oriental e Austral, os casos entre adultos caíram 4% e, na Ásia e no Pacífico, 3%. “Não houve redução significativa de novas infecções entre adultos em nenhuma outra parte do mundo”, destacou o Unaids.
Alarme - “Estamos soando o alarme”, avaliou o diretor executivo da entidade, Michel Sidibé. “O poder da prevenção não está sendo levado em consideração. Se há um ressurgimento de novas infecções por HIV agora, a epidemia se tornará impossível de ser controlada. O mundo precisa agir de forma urgente e imediata para fechar lacunas na prevenção”, acrescentou.
A epidemia de aids, segundo as Nações Unidas, apresentou grande impacto na população global ao longo dos últimos 35 anos. Desde os primeiros casos, 35 milhões de pessoas morreram por doenças correlacionadas e cerca de 78 milhões foram infectadas pelo HIV.
Equidade e acesso - Em 2014, populações consideradas chave no contexto da epidemia de aids – incluindo homens gays, homens que fazem sexo com homens, transgêneros, usuários de drogas injetáveis e pessoas privadas de liberdade – representavam 35% dos novos casos de infecção por HIV em todo o mundo.
A estimativa do Unaids é que homens que fazem sexo com homens, por exemplo, têm 24 vezes mais chance de se infectar por HIV do que a população em geral. O risco é dez vezes maior entre profissionais do sexo, 24 vezes maior entre usuários de drogas injetáveis, 49 vezes maior entre transgêneros e cinco vezes maior entre pessoas privadas de liberdade.
“É essencial para populações-chave ter acesso a toda a gama de opções de prevenção ao HIV, de modo que possam proteger a si mesmos e a seus parceiros sexuais”, destacou o relatório.
“Hoje, temos múltiplas opções de prevenção”, informou o diretor executivo da entidade. “A questão é o acesso. Se as pessoas não se sentem seguras ou não têm condições de acessar serviços de prevenção ao HIV, não daremos fim a essa epidemia”, concluiu Michel Sidibé.
Paula Laboissière, da Agência Brasil, com edição da Redação - 12/7/2016
O documento mostra que, enquanto progressos significativos têm sido alcançados para prevenir novas infecções entre crianças (os casos caíram 70% desde 2001 e permanecem em declínio), o cenário entre adultos é alvo de preocupação. A estimativa é que 1,9 milhão de adultos foram infectados anualmente ao longo dos últimos cinco anos.
No Brasil, nos mesmos cinco anos, novas infecções entre adultos subiram 4%. Sozinho, o país responde por 40% de todos os novos casos na América Latina e no Caribe e por 41% de todos os novos casos registrados em sete nações latino-americanas: Argentina, Venezuela, Colômbia, Cuba, Guatemala, México e Peru. Em 2010, o Brasil registrava 43 mil novas infecções por HIV entre adultos, contra 44 mil identificados em 2015.
A Europa Oriental e a Ásia Central também verificaram aumento, de 57%, em adultos. O Caribe, após anos de redução, identificou aumento de 9%, enquanto no Oriente Médio e Norte da África chegou a 4% no mesmo período. Na América Latina, os números subiram 2%.
Já na porção central e ocidental da Europa, na América do Norte e na África Central e Ocidental, novas infecções por HIV diminuíram ligeiramente desde 2010. Na África Oriental e Austral, os casos entre adultos caíram 4% e, na Ásia e no Pacífico, 3%. “Não houve redução significativa de novas infecções entre adultos em nenhuma outra parte do mundo”, destacou o Unaids.
Alarme - “Estamos soando o alarme”, avaliou o diretor executivo da entidade, Michel Sidibé. “O poder da prevenção não está sendo levado em consideração. Se há um ressurgimento de novas infecções por HIV agora, a epidemia se tornará impossível de ser controlada. O mundo precisa agir de forma urgente e imediata para fechar lacunas na prevenção”, acrescentou.
A epidemia de aids, segundo as Nações Unidas, apresentou grande impacto na população global ao longo dos últimos 35 anos. Desde os primeiros casos, 35 milhões de pessoas morreram por doenças correlacionadas e cerca de 78 milhões foram infectadas pelo HIV.
Equidade e acesso - Em 2014, populações consideradas chave no contexto da epidemia de aids – incluindo homens gays, homens que fazem sexo com homens, transgêneros, usuários de drogas injetáveis e pessoas privadas de liberdade – representavam 35% dos novos casos de infecção por HIV em todo o mundo.
A estimativa do Unaids é que homens que fazem sexo com homens, por exemplo, têm 24 vezes mais chance de se infectar por HIV do que a população em geral. O risco é dez vezes maior entre profissionais do sexo, 24 vezes maior entre usuários de drogas injetáveis, 49 vezes maior entre transgêneros e cinco vezes maior entre pessoas privadas de liberdade.
“É essencial para populações-chave ter acesso a toda a gama de opções de prevenção ao HIV, de modo que possam proteger a si mesmos e a seus parceiros sexuais”, destacou o relatório.
“Hoje, temos múltiplas opções de prevenção”, informou o diretor executivo da entidade. “A questão é o acesso. Se as pessoas não se sentem seguras ou não têm condições de acessar serviços de prevenção ao HIV, não daremos fim a essa epidemia”, concluiu Michel Sidibé.
Paula Laboissière, da Agência Brasil, com edição da Redação - 12/7/2016