A conta do desmonte promovido no Banco do Brasil pela sua direção, sob ordens do governo Temer, está sobrando para os trabalhadores. O alvo dessa vez são os escriturários da PSO (Plataforma de Suporte Operacional), que foram informados, por meio de um e-mail do gestor, de que teriam poucos dias para se candidatarem “voluntariamente” para agências. Encerrado o prazo, as transferências serão compulsórias. Diante de tamanha arbitrariedade, o Sindicato paralisou até as 11h as atividades da Gepes na quinta-feira 5, mesmo dia em que bancários e trabalhadores de outras categorias participavam do Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas.
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“Esse é mais um desrespeito da Gepes com os trabalhadores. A gestão de pessoas no Banco do Brasil não existe faz tempo. Como assim, com um simples e-mail, o gestor ordena que os trabalhadores mudem completamente as suas vidas em poucos dias? De “voluntário” isso não tem nada. Afinal, após encerrado esse prazo absurdo, virá a transferência compulsória”, critica a dirigente do Sindicato e bancária do BB, Adriana Ferreira.
“O Sindicato, diante desse absurdo, paralisou a Gepes. E foi muito simbólico que esse protesto ocorresse no mesmo dia em que bancários e trabalhadores de outras categorias se uniram em defesa das empresas públicas. Afinal, essa arbitrariedade da Gepes é consequência também do processo de desmonte do Estado pelo governo Temer. Afinal, a direção do BB reduziu o quadro funcional do banco com o PEAI (Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada) e o PAI (Plano de Aposentadoria Incentivada) e agora quer, dessa forma arbitrária, transferir trabalhadores para agências. É a velha história de cobrir a cabeça e descobrir os pés. O que o BB precisa é ser fortalecido, com novos concursos, diminuindo a sobrecarga e, por consequência, melhorando o atendimento à população”, acrescenta.
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A dirigente diz ainda que a expectativa do movimento sindical é de que o novo vice-presidente de Distribuição de Varejo e Gestão de Pessoas, Gueitiro Matsuo Genso, abrace a Gepes e promova mudanças que de fato ressuscitem um política de gestão de pessoas focada no respeito aos trabalhadores.
“Esperamos mudanças concretas. Os trabalhadores do BB não aguentam mais tamanho desrespeito. O Sindicato continuará atento e atuante, ao lado dos bancários, cobrando sempre o fim das arbitrariedades que massacram os funcionários do banco publico”, conclui Adriana.